E no processo, obrigam-te a olhar para trás.

Tristemente.
Há pessoas que se alimentam de ti, mordem-se para te provar os sonhos. Há por aí quem não tenha alma, mas que incha o peito, para parecer que está cheio dela. E te segue os passos, encolhidos na tua sombra, tentando desesperadamente refazer as tuas pisadas. Ridículo, falham-nas todas.

Hipnotiza-me

Tammam Azzam e a beleza nos escombros. Síria.

O meu amor pela minha Joaninha (aka Suzuki Swift) é publico. E hoje partiu-me o coração vê-la partida. Num segundo eu estava bem, estava feliz. No outro segundo, estava destruída. Eu, ela e o sonho de ir à Sardenha nos próximos meses.

Ironias

Agora que este blogue deixou de ser cor-de-rosa, só me apetece falar de amor. Sorte a minha que o amor é de todas as cores.

T2 para um e meio: já valeu a pena.

Um - Mãe, li um texto teu no blogue.
(Medo. Muito medo do seu ar sério).
Meio - Ai sim, qual?
Um - O último.
Meio - Ah...
Um - Mãe, devias escrever para uma editora. Escreves «muita» bem!

E pronto. Há elogios e elogios.

São todos estes momentos.

Quando misturas música e me ensinas a tocar baixo e dançamos e fazemos do teu quarto o nosso mundo. Quando estendemos a roupa às três da manhã ou lavamos a loiça a meias ou me compras chocapic para o pequeno-almoço. Quando fazemos e desfazemos teorias e nos rimos de piadas tolas e damos beijinhos parvos e rimos mais um bocadinho. Quando te aninhas no meu peito e suspiras e te arrepias e me agradeces a companhia e os mimos. Quando te espero à porta do trabalho e te vejo chegar e fico nervosa e corada mas oculta no escuro da noite. Quando me elogias e aprovas a roupa. Quando bebemos uns copos e depois dizes que já chega, me agarras na mão e me levas para casa, me apagas o frio dos lençóis e me adormeces e me segues a dormir, para onde quer que o sonho me leve. E quando me agarras nos pesadelos. Quando falamos de corações partidos e do medo de dizer «gosto de ti». Eu não sei dizer. Mas também não sei esconder. Para mim é claro. Eu gosto de ti. São todos estes momentos.

Em 24 horas

Confessei o meu lado negro. Tu não fugiste.

Disseste que me podias abraçar para sempre. Eu não fugi.

Se calhar era o avançado da hora. Ou se calhar, estamos para ficar.

Nunca pensei identificar-me com malta da cozinha.

... e por isso gosto de ver esses programas assim como quem vê o BBC Vida Selvagem: com curiosidade no mundo animal, com o qual tens traços em comuns, mas não suficientes para adoptar determinados comportamentos (leia-se, cozinhar).

Hoje, além de gostar do porco asiático glaceado, feito pela giríssima Lorraine Pascale (o qual certamente não vou fazer, mas que estava delicioso só de olhar), gostei disto:

'It's not that I don't think I can form a secure bond – but it's always at the back of your mind. You don't trust that anything will last. What I've done is accepted that it's part of who I am. I don't try to fight it any more.'

Obviamente, não foi dito no programa. Mas gostei de saber. Não me senti sozinha.

Lição #3: O amor é desconfortável.

I'm having trouble breathing
You're sitting on my chest
I sure could use the rest
Leave me

It's you
Why's it always you and never me?
I've never dared to let my feelings free
Why's it always you and never me?
I've never cared too much about honesty

(The Perishers - Trouble sleeping)

Lição #2: O amor está no trivial.

We spent some time
Together drinking
Spent some time just thinking
About days of joy
As our hearts started
Beating faster
I recalled your laughter
From long ago

There's nothing like you and I

(The Perishers, Nothing like you and I)

Lição #1: O amor é destemido.

It's my heart you're stealin'
It's my heart you take
It's my heart you're dealin with
And it's my heart you'll break.

(The Perishers, My heart)