No dia seguinte falámos. Referiste-te a ela como «ex-namorada». Era a tua «ex-namorada». Não foi para lá, nem para cá. Foi uma vez. Não estavam juntos, já não viviam juntos, parecias genuinamente infeliz.
- Sem volta a dar? - quis saber.
- Não... volta a dar, só eu e tu. Levas-me um bocadinho?
Arrumei-te o braço no meu. Seguimos, sem caminho.
Naquele dia não falámos mais.
Repara. Tenho de te pedir desculpa. Eu não tenho palavras para estas voltas da vida. A tristeza ensombrava-te o espírito. E eu estava solidária com a tua dor.
Era-me vagamente familiar.
2 comentários:
"Arrumei-te o braço no meu", és mesmo querida :)
Sou, não sou? eeheheh
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