segunda-feira, 30 de julho de 2012

O amor não escolhe idades. Seriously?

Tenho um admirador com 50 anos. E eu juro que o homem nem é feio, até tem uma profissão do cenário e, assim como assim, é um cromo que eu nunca tive, e já que sou a favor da diversidade, podia colá-lo na minha caderneta. Creio que já me saíram piores na carteirinha. Mas e depois? Já estou a imaginar almoços de família... ele a falar com a minha mãe sobre a chegada do homem à lua e eu a planear grandes noitadas com a filha do senhor. Blargh! Vêm? Acabo de lhe chamar senhor! Naaaa.'Tou fora.

Foi tão bom, não foi?


Aquele documentário sobre a Amy, celebrando a sua música e a sua cultura, ao invés de explorar a desgraça pessoal, foi tão bom, mas tão bom, que ainda hoje estou parvinha.
Cada vez que vejo aquela mulher penso que, por ela, virava lésbica. É muita admiração, meu deus! Aquele jeitinho dela de falar, de se mexer, de sentir, de cantar... tira-me do sério. E faz-me sempre acreditar que ser artista é um privilégio: o privilégio de nos expressarmos sem nos sentirmos ridículos. I wish. Maybe in another life!

(E vocês querem ver que já sei postar vídeos outra vez?)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Gosto de ti porque aposto, que também gostas de mim

Eu não sei se acredito no destino, ou no livre arbítrio com as suas devidas coincidências. Isto, posso dizer, não me tem saído da cabeça nos últimos tempos. Por mais que eu queira pensar que a minha liberdade não está condicionada, a verdade é que há momentos em que tenho de dar a mão à palmatória. Parecem destino. E porque é que, ao fim de uma semana a matutar o assunto, hoje é um bom dia para falar sobre isto?! Alguém faz anos. Uma pessoa que eu trago no coração, especial, e que me faz acreditar que há pessoas que estão destinadas a entrar na nossa vida, seja de que forma for.
Ora bem, além de um grande beijinho de parabéns - que eu sei que costumas cá dar um olhinho em silêncio - quero dizer-te que gosto de ti. Sem tangas, sem rodeios.
Gosto de ti porque me abalas as teorias. A do livre arbítrio, a de que não se fazem amigos a dançar, e tantas outras que temos discutido ao longo destes anos. Mas não é só. Gosto de ti porque me és confortável. Assim, como se estivessemos de pijama - embora, não raras vezes, o tenhamos dispensado, e ainda bem. Somos nós, sem tangas, sem rodeios. Gosto de ti porque quase nunca temos tempo um para o outro, mas quase sempre guardamos um bocadinho das nossas vidas para nós. E porque quando não me dizes nada, eu sei que não é indiferença. Sem inseguranças. Andas simplesmente pelo mundo, e nunca te esqueces de me trazer um presente. Porque me falas de Itália e me contas o encanto de cada recanto. E como tudo é solitário, quando vais. Gosto de ti, porque temos uma identidade exclusiva. E quando estamos juntos, é como se, efectivamente, esses fossem os nomes que constam na nossa certidão de nascimento. Porque já te escrevi muitas palavras. Livros e livros. E tu gostas. E pedes mais. Gosto de ti porque és o meu segredo e porque em tempos fui o teu pecado. E eu gosto de te deixar nervoso. Vejo-te a alma. Mas sobretudo, mesmo mais do que tudo, gosto de ti porque gosto. Gosto de ti porque sim. Sem mais tangas, sem rodeios.


terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Oh, my sweet sweet Amy...

Faz um ano que recebi uma triste notícia. De tão grande que é, seria um pecado lembrá-la só pelo aniversário da sua morte. Mas fico tranquila. A Amy é visita assídua. Daqui. De mim. E eu adoro-a. Ad eternum. My sweet, sweet Amy.  

domingo, 22 de julho de 2012

In diciotto giorni

Finalmente, comprei a mala que nos servirá. Grande. Para levar o essencial e trazer o que, nem uma mala daquele tamanho, abriga. Uma viagem e tanto. Recordações. E laços tão fortes que se assemelharão a correntes. Inquebráveis.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Obrigada.

Ontem a médica proibiu-me de sair de casa até sábado. Foi uma notícia mais dolorosa do que a própria dor da qual me queixava. Ponderei ignorar. Agasalhar-me e «saltar pela janela» para ir ver a Erykah Badu. Mas contornar as regras não é fácil quando o corpo não colabora. E a Erykah, a minha querida Erykah, companheira de tantos momentos deliciosos, não me teve no público, cantando as suas músicas, admirando a sua alma de outro mundo.
Salvou-me a tecnologia. Mais ainda, uma pessoa especial. Telefonou-me e trouxe um bocadinho da Erykah, noite dentro. E eu choraminguei. Só um bocadinho, o costume. Não pela Erykah, que apanharei noutra ocasião, tenho a certeza. Mas pela atitude: há pessoas a quem um simples obrigado não basta.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Reencontros

O Mundo é do tamanho de uma ervilha. E ainda bem. Gosto de ervilhas. Gosto ainda mais de reencontros.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

terça-feira, 3 de julho de 2012

E saudade é uma coisa maravilhosa.

Tenho saudades do Um. Tenho saudades da minha família. Tenho saudades das férias. De ser pequena. De um mergulho no mar de Santa Cruz. Tenho saudades de horas de almoço na praia, em boa companhia. Os jantares com convites ousados. Saudades de ser beijada. De dançar com uma multidão. Suar e não me importar. Beijar desconhecidos. Do desejo. Tenho saudades de gostar de alguém. A sério, para sempre. De fazer planos e não os concretizar. Acho que se diz sonhar. Tenho saudades de amizades longínquas. Das gargalhadas. De conversas de miúdas. Concertos privados. De cumplicidade. Tenho saudades de rapazes. Dizer asneiras e beber uns copos valentes. Fumar uns charutos e morrer no colo de alguém. Banhar os pés no mar azul de Nice. De querer ser francesa. E italiana. E espanhola. E do mundo. Saudades de um bom livro em português. De falar com alguém, coisas que importam. Saudades de dormir a sesta ao ar livre. De pisar relva, fazer turismo na minha cidade, esquecer-me numa esplanada. Falta-me Sintra e a Quinta da Regaleira. Queijadas e guloseimas. Bailaricos e gente boa. As minhas pernas e o meu corpo jeitoso. Tenho saudades da minha afilhada e do amor fraternal. Do amor carnal. De escrever. Chorar a ouvir uma música. Arrepiar-me. Ter frio, ter calor. Fazer viagens à pendura, com os pés no tablier. De comer croquetes em piqueniques. Andar de avião. Levantar e aterrar. Das torres gémeas e de nova iorque. Do meu primeiro beijo. De fugir. De não atender o telemóvel.
(Continua)

Deixem-me explicar:

Às vezes quero escrever coisas e não consigo. É como querer cagar e não sair nada: uma merda.
Estou a fazer contas à vida. Por causa disto.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O amor não tem GPS.

E eu detesto fazer pares de meias.