quarta-feira, 31 de março de 2010

Há praí tanto blogue armado em especialista...

... pois aposto que não conhecem essa novidade da estética feminina: creme anti-rugas vaginal.
Hoje deram-me umas amostras. Porque a prevenção ainda é o melhor remédio.

Won't you please get out of my head, get back into my bed now Come kiss me, come with me
Cause I can't hardly sleep without you, can't stop thinking about you,
I want you, I need you

segunda-feira, 29 de março de 2010

Erykah

O que eu esperei por este dia! O novo álbum de Erykah Badu, que diz quem sabe, ser mais ao jeitinho «amolece corações».

domingo, 28 de março de 2010

Rezando para que os professores não leiam blogues de (ex)alunas:

Cornetto que é Cornetto, há-de sempre lembrar-me o único professor que me deixou envergonhada com as suas conversas libidinosas. E acreditem que eu sou uma rapariga a dar para o atrevidota, não é qualquer conversinha que me deixa sem palavras. O senhor, que até era simpático quando estava em si, disse tanta coisa, mas tanta coisa (porca) em apenas dois dias, que me fez pensar seriamente em deixar de ir às aulas - que não deixei -, deixar de andar com o meu vestidinho vermelho às bolinhas brancas - que deixei - e acabou por me provocar pesadelos pavorosos com o Calimero que fazíamos em Flash - sabem porquê, né?; diz que ele fez uma maldade à Abelha Maia. 
Bem, pelo menos, não me perseguiu para ser sua amiga. Uma derivação estranhíssima do assédio sexual, de longa duração e igualmente perturbante. Mas isso, são outros quinhentos da mesma história, que um dia destes poderão encontrar aqui.

Conclusão: toda e qualquer vivência, por mais traumatizante que seja, pode vir a ser um engraçado tema de conversa quando se juntam as comadres. Pelo menos, dois anos depois.

sábado, 27 de março de 2010

Conta Poupança Silicone Montepio

Tinha de partilhar isto: hoje toquei numas verdadeiras mamas de silicone. E pronto. Começo a fazer poupanças para comprar as minhas um dia destes.

Hoje, fomos nós:

Em nome do porco e eu. Relaxando, na Caparica.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pela manhã...

Adoro comer pão com tulicreme e odeio o programa da antena 3, The Diogo Beja Show no geral, e o Serginho na Farmville em particular (faço a merecida excepção à linha avançada e ao Bruno Aleixo! =P).

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lição#0: Vive e sobrevive

(a continuação de qualquer coisa)
... e que, passados muitos anos, me confessou que, no meio disso tudo, se apaixonou por mim.
O primeiro rapaz a dizer-mo.
E então, soube.
- Estou destinada a gostar dos homens errados.
Os bons, guardo-os, deliberadamente, para amigos.

Roubei-a daqui.

Os deuses devem estar loucos...

... e a pôr à prova a minha resistência a homens de farda.

Hora: 10 da manhã.
Local: Ajuda.
Crime: cinco aprendizes de polícia, bem constituídos, em calções curtos, peitos à mostra, correm rua abaixo.

... másculos,
... suados,
... giiiiiros!!!

«Olhe, era um café e um daqueles, se faz favor.»

terça-feira, 23 de março de 2010

Cops (Parte 2)


Da próxima vez que passar a noite a dançar com um polícia, vou esperar que se chame Cabo Figueiredo.

Conversas na pista (Abana daqui, abana dacolá):

Ela - É verdade que tens uma pistola?
Cabo Figueiredo - Sim.
Ela - Grande?
Cabo Figueiredo - É.
Ela - E dispara?
Cabo Figueiredo - Ui, se dispara.

Sempre me fascinaram as armas.

Sugestão cultural #5: Boa noite, Alvim

Ando a fazer filmes. Por isto.

Vai uma para aliviar o stress?

Manhã rodeada de forças da autoridade:
GNR - Eu não sou simpático.
Meio - A mim parece-me que é...
GNR - É só porque me esforço. Na verdade, só me apetece desatar aos tiros quando falam para mim!
Silêncio. Subitamente, não me apetece dizer mais nada.

segunda-feira, 22 de março de 2010

A minha agenda, a minha agenda!

Ando com uma vidinha que não vou dois dias seguidos para o mesmo sítio. Em 12 dias, fiz mais de 800 quilómetros - e não sou taxista, como diria uma conhecida Fashion Assistant com quem ocasionalmente socializo, não que goste dela, que nem gosto; chama-se ao que faço «serviço comunitário em regime de voluntariado». =P) 
Resultado?
Não consigo marcar almoços com amigos sem olhar para a agenda. E se for para acontecer, tenho de escrevinhar o nome do coitado em frente à hora marcada, com uma setinha até que horas posso ficar.
Há coisa mais fora?!  
Temo que não.
A vantagem é que, se em 2044, for suspeita de algum crime e for interrogada pela PJ, posso dizer exactamente que no dia 22 de Março de 2010 passava a ponte 25 de Abril às 15 horas e 27 minutos e que o conta-quilómetros do meu Suzuki Swift vermelho que haveria de ir à inspecção no dia 30 de Abril desse mesmo ano, às 9 horas e 43 minutos marcava nem mais, nem menos que 25678 km's no momento em que alguém espetava um tiro nos miolos de outro alguém na Reboleira.
Respiro fundo.
Felizmente, há quem deixe mais rastos que eu: a rapariga que fui substituir conseguiu a proeza de me passar o telemóvel da empresa com o contacto «Amor» gravado.
Ah, nessa não caía eu!

domingo, 21 de março de 2010

Eles pensam...

O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são. Friedrich Nietzsche

T2 para um e meio: coisas de mulher


Um - Mãe, porque é que todas as noites tomas esses comprimidos - refere-se à pílula.
Meio - São uns comprimidos que as mulheres tomam...
Um - Ai é? - fica espantado com as coisas que lhe passam ao lado.
Meio - Sim... e se não os tomar, começa a nascer-me uma pila.

E eu só queria poder partilhar convosco a cara de assustado que fez. Mas porque é que eu me ponho a gozar com ele? Pode ganhar trauma. Ai se pode.

T2 para um e meio: ser grande é...

Às 19 horas de Domingo ter um arroz de frango pronto a ir para o forno, com rodelas de chouriço (uau!) e nem uma lágrimazinha derramada (duplo uau!) - à custa de dedos cortados, queimaduras ou loiça partida - e poder ver o final da taça da liga esparramada no sofá.

Há uns meses atrás, se me dissessem que assim seria, das duas uma: ou ter-me-ia rido como se fosse a melhor anedota do mundo, ou chorado desesperadamente, com saudades de um arroz de frango.

Abri a gaveta...

... e foi muito mais fácil do que imaginei.
Vou ali ser feliz, já volto.

sábado, 20 de março de 2010

O dia num court de ténis

Vou ali consagrar o campeão e já volto.

sexta-feira, 19 de março de 2010

T2 para um e meio: Dia do Pai

O Um entrega uma prenda ao pai durante o jantar: um bloco de notas tão giro que me bate uma inveja. Sou  incapaz de a reprimir.
Meio - Ei, também quero um desses!!! Podes fazer-me? - faço olhinhos.
Um - Não... no dia da Mãe vais receber um perfume.

E assim se arruina uma surpresa.

E só assim como quem não quer a coisa. O melhor pai do mundo, é mesmo o dele.

Obrigada, Pai. És o maior.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ela só pensa em beijáa, beijáaa, beijáa, beijáaa!

SoDona Yang Yaqing, livre-se de vir para Portugal tirar-me a fama de beijar desconhecidos.

(Se bem que vou querer experimentar o chamado French Kiss, ou a arte de beijar estranhos em Paris. Um dia destes. Breve, muito breve.)


Belíssima foto daqui.

Did I say that I need you?


Pearl Jam nunca esteve entre as minhas preferências musicais. Mas faz-me sempre sorrir. Porque me traz à memória alguém que desde sempre esteve, e estará sempre, entre as minhas pessoas preferidas. Ele é:
O (único) rapaz que ainda hoje receberia de pijama sem sequer me importar com isso; a pessoa que sempre desenhou melhor do que eu - que ainda hoje só faço rabiscos - e a raiva que isso me dava; o homem que, nos raros encontros que temos, me abraça como se eu fosse importante; o único amigo que me viu amamentar o Um e nem um pouco de vergonha por isso. O companheiro de risadas na praia, quando éramos crianças. Aquele que tomou conta de mim, que no Natal me vinha sempre trazer uma prenda a casa, que quando não me apetecia dar nem mais um passo, me dizia que só faltavam uns minutos para chegarmos à meta - ainda que, na verdade, faltassem horas -, que me deu o cd de The Offspring, quando lhe pedi Oasis, e me levou àquela que seria a minha banda preferida de adolescente, aquele que passou muitas noites ao meu lado, só na conversa, em tendas que eu odiava, e com o qual fiz a minha primeira viagem de avião, onde experimentei a primeira mousse com cheirinho, que ele adorou e eu fiz mil e uma caretas. E depois, foram quinze dias a comer gelados Twix e a cantar ao professor de inglês «Max, não sabe nadar, iô»!
Tenho saudades tuas. Daquelas que, quando me lembro, me deixam sem respiração. Just Breathe. Acho  que seria o teu (sensato, como sempre) conselho.

Naive? Jamais!

Mais uma excelente dica de sobrevivência. Do To Do.

O futebol (co?)move os portugueses!

Ora senão, vejamos:

1 - A empresa onde trabalho só recruta sportinguistas - eu, única ovelha negra, adepta do Benfica, escapei por lapso da directora que, na entrevista, se esqueceu de me perguntar por que clube torço.

2 - A chefe desmarca reuniões porque está na hora - leia-se, falta uma hora - do jogo do Sporting.

3 - Dou por mim, no meio da A5, a ouvir relatos da TSF e a gritar, em plenos pulmões e de forma pouco glamourosa: "Golooooo"!!!

4 - Demoro mais meia hora a chegar a casa porque a segunda circular está entupida com sportinguistas e espanhóis.

Teoria sustentada?

Nota - Quando a chefe se lembrar de perguntar de que clube sou, vou grunhir um: «Ó doutora, eu cá não ligo nada ao futebol!». Mais vale assim do que ser dispensada, não?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Primeiro estranha-se...

Dou por mim a gostar de Sookie Stackhouse. Quase tanto quanto de Jason Stackhouse.

Aprovado

É bom não se trabalhar à quarta de manhã!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Afinal ainda há coisas boas

Descubro um projecto tão bom, mas tão bom, que já passou a fazer parte das minhas páginas diárias.

Sugestão cultural #4: Arrepios garantidos

Não sei porque tenho guardado esta maravilha para mim, mas tanta beleza, é desperdício não partilhar.

Imperdível: Body Without Limits, de Judith Barry e Sem Rede, de Joana Vasconcelos.

No CCB. Onde passarei maravilhosas horas de almoço.

Sugestão cultural #3: Celebremos, irmãos

Amanhã, na Aula Magna. Because Dog days are over.

Lição#8: Ainda bem que perguntas

Amiga - Olha lá, o que é que andaste a fazer no teu último trabalho*?
Reflicto.
Meio - Amigos!

Conclusão: nunca dês nada por perdido.

*Estágio de oito meses, sem fim à vista, mal remunerado, com poucos direitos, nenhuma evolução e a ter de aturar gente maluquinha.

domingo, 14 de março de 2010

O duelo

Bom, bom, era o meu amiguinho arranjar um programinha de bola...
Fica a ideia no ar!

Comigo, a partir de hoje

sábado, 13 de março de 2010

T2 para um e meio: reacção ao programa da Rádio Comercial

Meio - Então, quem é a pessoa mais famosa da rádio, quem é?
Voz de quem foi interrompido num convívio em Peniche e estava mortinho por não ter de atender o telefone.
Um - ... É o Bruno Aleixo.

Perdoem-me Comercial, que eu sei que é da concorrência, mas o Um adora o raio do bicho!

97,4

Por fim, a opinião!

2666 foi o único livro que fiz careta de cada vez que o enfiei na mala. O motivo foi, obviamente, as suas 1030 páginas (quem diria que um chileno conseguiria, depois de morto, acentuar a minha deficiência na cervical?). Além das rugas, acumulei também alguns olhares esbugalhados de cada vez que tirava o livro da mala e me punha a ler 2666 num local público. Comentários como «está doida» ou «mais valia ler a bíblia» foram recorrentes. E certeiros, estou em crer.  
Foram dois meses e cinco dias, após muitos planos de leitura. Sim. É preciso disciplina para poder dar seguimento aos livros que fui acumulando e que estou desejosa de começar. Quantas páginas por dia tenho de ler para acabar no dia x? Ridículo, eu sei, mas quis Bolaño que, aquela que dizem ser a sua obra prima, fosse, para mim, este desespero. 
Pode parecer uma incoerência mas, ignorando a quantidade e focando na qualidade, eu até classificaria o livro de leitura fácil. Os obstáculos surgem quando há páginas inteirinhas de puro aborrecimento que, no meu entendimento, não acrescentam nada de novo à história, personagens que se perdem e, sobretudo, um final incompleto. Neste último ponto, não por culpa de Bolaño, saliento.
Tivesse eu algum poder editorial e respeitaria a decisão do autor: cinco livros separados. Um primeiro, algo repetitivo, mas estimulante para quem acha piada às brincadeiras entre dois homens e duas mulheres. Um segundo agradável. Um terceiro e quarto livros para esquecer e, por fim, um último, perto da genialidade. E assim, ter-me-iam poupado a uma leitura disciplinada, oposta, por definição, de uma leitura prazeirosa. De longe, a minha preferida.

Posto isto, porque é que me apetece comprar O Terceiro Reich? Bem, não custa experimentar Bolaño uma segunda vez. Pelo  menos, são só 352 páginas.

Aqui já fui feliz #1: Costa da Caparica


A Costa da Caparica é um desespero. O acesso - odeio pontes -, horas a fio no trânsito, mais umas horas no trânsito, encontrar sítio para deixar o carro... e a lista podia continuar ad eternum, mas vou terminá-la com aquele que é o maior dos desesperos: no Verão, conseguir um lugar para estender a toalha sem ficar entalada entre o senhor de meia idade peludo e com barriga besuntada de óleo e a senhora sua esposa, também de meia idade mas com aspecto de idosa, com as peles penduradas, mal tapadas por um biquini demasiado reduzido.  

Ainda assim, eu já fui feliz na Caparica!

Em tempos idos, namorada de surfista, passei muitas tardes estendida naquelas areias, almoçei frequentemente no Verde e Amarelo e vi bonitos fins-de-tarde na praia da Saúde.
Mas a Caparica não foi só amor: foi desamor. Lembra-me amigos que, em ocasiões diferentes, me levaram à Caparica para juntar ao mar o sal das minhas lágrimas. Faziam-me esquecer de pessoas que, hoje, nem me lembro mais quem são... só porque foram tantas!*
E nem foi só amor e desamor: foi amizade. Lembra-me de tardes a torrar ao sol, de estrangeiros a imitarem tubarões, de chapéus de sol (mal) partilhados, de sessões fotográficas sensuais à beira-mar, de batidos de morango podres, belíssimas tostas de frango, e de amigos que ainda hoje me levam propositadamente à praia para me verem de biquini, mas eu nem me importo com isso porque, pelo menos, levam-me à praia.
Mas foi do que isso: foi maternidade. A primeira vez que o Um, com seis meses, sentiu a areia escapar-lhe entre os dedos. E as experiências tresloucadas de pais ainda mais tresloucados: sentar o bebé na praia, correr para tirar uma foto e voltar a correr ainda mais rápido, mesmo a tempo de agarrá-lo antes de tombar na areia - ele ainda não se sabia sentar, mas pelo menos guardo a foto de recordação, um bebé gordinho e com a cabeleira repleta de caracóis. E claro, os longos passeios a empurrar o carrinho que mal cabia na bagageira do Fiat vermelho, uma mala de bebé enorme, pesada, ao ombro, e de uma senhora que, à força, queria partilhar uma banana com o Um, porque «Coitadinho do menino, está a olhar é porque quer, e tire daqui do fundo que eu ainda não lá pus a boca!»

Hoje passei a tarde na Caparica e dei por mim feliz por regressar. Notoriamente mais bonita, encontrei lá a tranquilidade que precisava para terminar o (interminável) romance de Bolaño. Encontrei sol, um almoço tardio, um sorriso inesperado sob um olhar atencioso, e o mar ali ao lado. Tudo isto para me recordar disso mesmo: «Aqui já fui feliz».

Mesmo que seja a um Sábado... é bom trabalhar a dez minutos da praia, não é?


*Nota - Se há coisa que me faz chorar é o amor. Mesmo que não seja, verdadeiramente, amor.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Olha lá...

Era um género de pacto:
Tu voltavas para a outra, sem dramas. Sem choros, sem cartas de amor. Em troca, todas as noites, aparecias junto dela. Amor, em sonhos. 
Ela não quer cobrar, a sério que não quer.
Mas manda perguntar porque não vieste ontem.

Mas quero que tu saibas que...



Aperta-me o coração.

Gosto de te ver chegar
Tudo o que há em ti combina sem sentido
És sem duvida o meu tema preferido
Fazes a agulha do tempo andar para trás

quarta-feira, 10 de março de 2010

T2 para um e meio: cantorias

Um - Mãe, lá na escola anda tudo a cantar aquela música...
Meio - Qual? - Vêm-me umas quantas à ideia: Atirei o pau ao gato? Há fogo, há fogo, nas cuecas do Diogo? Senhor condutor, por favor, ponha o pé no acelerador? A saia da Carolina tem um lagarto pintado?

Resultado? Agora andamos a cantarolar pela casa e no caminho para a escola: Ai scara fileeeeeeeete! Somos os Parvinhos 2. Só precisamos de mais quatro para ressuscitarmos os Jackson 5 (e sim, eu sei os requisitos mínimos de Matemática, mas consta que eles viraram seis! Não vamos aqui excluir ninguém...) 

... na sala giratória


Saiu. Não se ofuscou com a passagem para a luz. Não, porque não havia espaço para mais nada, senão a revolução que vivia no interior. Passou para a sala seguinte. Uma sala giratória. Três aberturas levavam-na ao centro. Escolheu uma das três. No centro, três ecrãs curvos. Imagens poderosas. Sons misturados. Involuntariamente, começou a rodopiar, levada por um impulso que não sabia explicar, mas que faziam os saltos (ainda trazia os saltos, ou estava, afinal, descalça?) moverem-se em círculo, sobre si mesma. Não queria perder nenhuma das imagens. Girava. Uma floresta, um africano, uma mesa. Rodopiava. Gemidos, conversas e uma música. Girava. E sentiu. Alguém se encaixou. Nela, nas suas costas. Abraçou-a com vontade, mas com leveza. E o cheiro estonteou-a. Cheirou-lhe a desejo. Ao dela. Um beijo, um suspiro, uma floresta novamente. Os braços torneados, morenos, masculinos, e as mãos que não conseguiu ver, porque se voltavam a perder nas suas costas. Assim era a perfeição do abraço. Sons da floresta, um piano, conversas. A respiração junto do seu ouvido. E assim se deixaram estar. Giravam, rodopiavam, giravam. Mas nunca se voltavam.

No escuro...

Dois pés nuns saltos altos. O som que faziam ao bater no soalho ecoava nas galerias pintadas de branco, deixando-a incapaz de se concentrar. Convidando-a a entrar, vê do seu lado direito uma câmara escura, tão escura que demora algum tempo a habituar-se. Passa a não ver nada, senão um banco. Liso, corrido, de madeira. Sentou-se. Fechou os olhos, nem sabe bem porquê. Afinal, já estavam cegos. Deixou que os sentidos bebessem aquele descanso.
Quando os abriu, os olhos viram imagens soltas num quadrado projectado. Um homem, uma porta, um computador. Uma camisola de flanela, livros, um quarto sem janelas. Ali ficou, observando aquela sucessão idiota de imagens idiotas. Hipnotizada.
Até que sentiu alguém. Sentou-se ao lado, a distância muito curta. Ela não pestanejou, não desviou a atenção das imagens. As mãos apoiadas no banco. Liso, corrido, de madeira. Um toque leve. Os seus dedos, nos dela. Um sobressalto que ninguém notaria. Um suster de respiração. Uns dedos, nos dela. Acariciando as suas mãos, com vontade, mas com leveza. Manteve o olhar fixo e sentiu-o sair. Sentiu algo. Finalmente, sentiu algo. E ali permaneceu. Com vontade de sair também, procurar o ser ousado que a acariciava sabe-se lá porquê. Mas não saiu. Ficou. Hipnotizada. Incapaz de lidar com o facto de que sentia algo.

A brincadeira já vai longe...

Sim, o meu blogue vai dar um programa de rádio!

Este Sábado, às 22 horas, com repetição no Domingo, às 9 horas. Vamos todos sintonizar a Rádio Comercial? Siiiiim!

terça-feira, 9 de março de 2010

Hoje...

... é dia de ambiguidade. Sentimental.

segunda-feira, 8 de março de 2010

T2 para um e meio: conjugando verbos


Há coisas que é mesmo só para complicar:

Vós
Calastes
Vós
calais
Vós
caláveis

Quando chega ao «Vós», o Um não consegue conjugar o verbo no Pretérito Perfeito, no Presente e nem no Futuro. Farta-se de pedir ajuda. As respostas saem-me intuitivamente mas, agora que penso nisso... dá uma coisa muito estranha. Ai dá, dá.

Será que está banido, no novo Acordo Ortográfico? Acho que era preferível do que acabar com alguns «Cês» e «agás»!

domingo, 7 de março de 2010

Can I get a window seat?



... don’t want nobody next to me
i just want a chance to fly,
a chance to cry
and a long bye bye...

quinta-feira, 4 de março de 2010

T2 para um e meio: já nasce com eles

Conversa no banho:

Um - Mãe, a Cátia anda a dizer que gosta de mim por amor.
Meio - E tu?
Um - Eu disse-lhe que eu também. Sabes? Para ela não me chatear a cabeça...

Concluo: afinal a sacanice codifica-se nos cromossomas sexuais. Tão pequeno e já com ideias de trucidar o coração de uma rapariga.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ainda Mayer


(acho que estou a tentar exorcizar a minha vontade de ir vê-lo ao Rock in Rio).

A música tem disto: faz-nos viajar sem sequer termos de nos importar em levantar o rabo do sofá ou largar o copo de vinho, quando o que queremos mesmo é dizer a alguém:
«Olha, podes até estar longe, mas nunca me esqueço de ti»
E mesmo que me tivesse esquecido das nossas histórias à volta desta música, bastava-me ouvir os acordes iniciais para voltar a sentir a emoção que sentíamos quando Mayer nos dizia «Your body is a wonderland». Foi aí que soube que a intimidade também se faz disto: cantar ao mesmo tempo.
E pronto. Não era isso que procurava, mas foi isso que tive. Para terminar o dia em beleza.

Eu não sou vegetariana, mas...


... uma sandes de bacon e batatas fritas de presunto?
É caso para dizer que comi um porco.

E sorriu

(Me and my house alone)

Who says I can’t get stoned?
Call up a boy that I used to know
Fake love for an hour or so
Who says I can’t get stoned?

- Sonhei contigo.
- E ao menos estavas lá comigo?
- Estava... e estavamos a pecar.

Dançou

Descalçou os sapatos vermelhos de verniz. E, num acesso de nudez espiritual, dançou para ele.

terça-feira, 2 de março de 2010

Sugestão cultural #2

E pronto. Talvez tenha saudades que me digas isto:
«E uma vez, no MusicBox...»