sábado, 29 de maio de 2010

A propósito do post anterior ou Traquinices #1

... e para que não seja só a família a entender a comparação do post anterior, eu conto:

Questão central - como animar uma viagem com apenas 20 escudos?

Cena 1
Duas irmãs a brincar num Seat Ibiza vermelho, enquanto os pais arrumam as tralhas de 30 dias de férias, entretanto chegados ao fim.
Acção:
- Olha que engraçado, este buraquinho aqui no volante faz mesmo lembrar um mealheiro.
E pimba! Moeda lá para dentro.

Cena 2
Duas irmãs sentadas num Seat Ibiza vermelho, muito direitinhas, caladinhas e preparadas para a viagem.
Acção:
- Piiiiii, piiiiiiiiii, piiiiiiiiiiiiii!!! - sempre que o pai rodava o volante.

E para que possam imaginar, antigamente a viagem era feita pela estrada nacional, daquelas cheias de curvas e contra-curvas, qual auto-estrada, qual quê!

Resultado:
Duas irmãs amedrontadas, sem confessarem aos progenitores o motivo do estranho caso do Seat Ibiza revoltado.
Pai durante uma hora de viagem a questionar-se mas que raio se passa com este carro? - é possível que tenha utilizado asneiras no seu íntimo.
Mãe a rir à gargalhada.
Trauseuntes a acenar, julgando tratar-se de algum amigo da terra que por ali passava.
Automobilistas indignados e a gritar em plenos pulmões:

- Vai masé pró car&#($(!!!

Eu vi!

Em pleno trânsito, paradíssima na segunda circular, leio no carro da frente:
«Cuidado. Pequeno pilas a bordo.»
Felizmente, uma mulher a conduzir.
E eu penso:
Só espero que o marido daquela senhora se recuse a entrar naquele carro. Ó senão é tudo a buzinar e a fazer mais barulho do que o meu pai quando teve de trazer o carro de Santa Cruz até Lisboa com uma moeda de 20 escudos enfiada na buzina.
Se bem que... a ideia de alguns homens serem obrigados a trazer o aviso soa-me a serviço público.

Há gente que não tem noção, ou sou eu que estou a ficar sem sentido de humor?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Assim como quem gosta muito de mim...

... podem torcer para amanhã eu ter a tarde livre, um sofá e um senhor assim?

Reflexões

Sei que estou apaixonada quando canto músicas parvinhas com alguém. Exemplos?



Quero esparramar-me na areia quente!!!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Visita de estudo

Eu também não me importava de ir passear com o professor do Um para a Quinta da Regaleira. Mas tenho a minha bata para lavar.

Mãos no ar, atitude derrotista: tenho um fraquinho assumido por ele. Nada a fazer.

terça-feira, 25 de maio de 2010

É pra já!



Mas alguma mulher consegue chatear-se com um gajo destes? E lá que ele é maroto, é.

Sugestão

Provavelmente, o sítio mais divertido da blogosfera. Nervos em frangalhos. Pelo menos, mudou as minhas idas ao hipermercado.

Merecido reconhecimento

Quando fui mãe, em 2001, Portugal era o segundo país da União Europeia com maior número de mães adolescentes, apenas ultrapassado pelo Reino Unido - darem casas assim, sem mais nada, só por se ter um filho na adolescência não me parece uma boa forma de controlar o fenómeno, Sirs. Qualquer coisa como 13 bebés por dia, vindos de barriguinhas menores. Mesmo assim, e como estes números tão elevados, há uma expressão que nunca me livrei. A de choque.

Meio - O meu filho... blábláblá. - continuava eu a conversa com naturalidade.
Cara de choque - O teu quê? Ah! Tens um filho? Que horror! Foi difícil? E os teus pais? E blábláblá. Lá tinha eu de desviar o assunto e explicar que nem todas as mães adolescentes têm falta de dentes, andam esfarrapadas, moram em abrigos e andam a caminho do centro de emprego.

Hoje, amiguinhos, exactamente hoje, 25 de Maio de 2010, oito anos, nove meses, cinco dias, sete horas e dez minutos depois de ser mãe, disseram-me uma coisa que nunca me esquecerei. A primeira vez. A estreia.

Mulher simpática - É mãe? - sem eu ter referido a criança.
Meio - Sou.
Mulher simpática  e muito perspicaz - Nota-se.

E pronto. Fiquei assim, pequenina. Hoje ninguém se chocou. Mais. Hoje alguém notou: que eu tenho um instinto maternal instalado e bem entranhado vai pralá de oito anos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

No hesitation, no delay



You come on just like special K.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Moschino

Comigo, ao sol!

(A versão vermelha)

Porque Moschino me traz o cheiro do primeiro beijo.

Assim não há como não produzir!

Colega feminina, casa dos trinta, com alguma superioridade hierárquica ainda que indirectamente, chama-me ao escritório. Medo.
Meio - Sim?
Colega feminina, casa dos trinta, com alguma superioridade hierárquica ainda que indirectamente - Já alguma vez lhe disseram que é lindíssima?!
Mais medo.
Meio - ... não... - não com esse entusiasmo, caramba!
Colega feminina, casa dos trinta, com alguma superioridade hierárquica ainda que indirectamente - Estava a olhar para si na reunião e a pensar que é a mulher mais bonita que já vi.

E não, ela não me estava a tentar seduzir. Ah, como é bom quando te elogiam por nada, sem te pedirem favores a seguir. Só porque sim. Chamam-te ao escritório, dizem-te que és linda, e segue lá para a tua vidinha que por hoje é só isto. Bons líderes, que ainda os há.

Obrigada.

Juro que qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência. A Máxima que ponha os olhos nesta blogger. «Ah, pois é, bebé!», já diz o Um.

Pedido... aprovado!

Sou um chorona de m)#$8. É sabido, devidamente assumido. E hoje apeteceu-me chorar. De tão feliz que estava, emocionei-me: o calor, as pessoas, o cenário, tudo a revolver-me as entranhas onde dizem que tenho o coração (que eu cá acredito mesmo é que tenho o coração no corpo todo). E estranhei. Porquê? Porque não me lembro - e pela primeira vez na minha vida, fiquem sabendo - da última vez que chorei. Por tristeza. Não me lembro.
E daí, salto para o pensamento seguinte: posso, posso ó entidade superior que dizem que comanda estas coisas, congelar o tempo nos meus vinte e seis aninhos? Posso não sair daqui? Posso ser sempre feliz, jovem, enérgica, sorridente e sem rugas? Vá láaa!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Férias

Baby, baby, let's waste my time. Here.

Eu tenho dois amores...

Afinal, os meus amores ainda não são para levar a sério. Hoje voltei a apaixonar-me. Por outro. E este, não me ligou nenhuma.

E assim de repente penso: não entendo como é que há lésbicas neste mundo. O que eu gosto de homens!

Tão meu.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Encontrei-o!

... O homem da minha vida!!!
Tem uns olhos azuis de cair para o lado, um sorriso que me despe sem pedir licença e... atenção. Trabalha na Assembleia da República. O quão sensual é flirtar com um senhor deputado?
Passo o resto das horas à porta da chafarica, à espera de um vislumbre do mocinho. Perdão. Senhor deputado.

Parte do diálogo, em que o itálico é a ousadia reprimida pelo meu bom-senso.

Homem da minha vida - É que eu como de tudo...
Meio - Ai comes?
Homem da minha vida - ... e não há meio de engordar.
Meio - Pois, também sofro disso - olha-me de alto a baixo. Jackpot! Arrepios. Convida-me para jantar e eu vejo o que posso fazer por esse teu corpinho.
Silêncio. Sorrisos de ataque.
Homem da minha vida - E estes sapatos novos, estão a dar-me cabo dos pés!
Meio - Ora, tire! Tira tuuuuuuuuuuuuuuuudo...

Prevejo longas noites à volta do canal da Assembleia da República! Teríamos lindos meninos. Ai, se teríamos! Estou oficialmente apaixonada...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sugestão cultural #8: Traços no Tempo

Todos os que conhecem Emílio Lima sabem como ele é especial. Adoro os que lutam, com poesia, pelo povo do seu país.

Get out of my way

Amo



Ayo. Faz-me sempre sorrir.

Ainda

Entre corpos, deixei-me retocar. Como se fosses a maquilhagem que preciso para esconder a imperfeição que é não te amar.

domingo, 16 de maio de 2010

Beija-me na boca e chama-me Tarzan!

Morder-te o coração

Há muito que acompanho Patrícia Reis por aqui. Assumo a inveja - da boa, se a houver - que eu tenho de não ter nascido assim: com a capacidade de fazer um mundo só com letras. Por isso, e pela primeira vez, vou-me deliciar com um livro seu, aquele que antevejo como a compra do ano. Quatro euros e noventa cêntimos. Ou, possivelmente, no meu maior desrespeito pelo dom de alguém que, assim às cegas, arrisco-me a dizer que merecia mais dinheiro pela sua obra.
Logo vos direi.

Tolerância, precisa-se!

A Sétima Porta traz frescura a um tema que, pelo número de vítimas que fez, se resume a preto e branco. Talvez por também eu fazer parte de uma minoria étnica, aliado ao facto de ter acontecido tão recentemente, o período em que Hitler esteve no poder interessa-me. Não tanto as suas políticas - que me reduziriam a cinzas num instante - mas a falta de reacção das pessoas que não se revoltaram contra o pogrom alemão. Antes apoiaram-no com o silêncio ou a denúncia. Pior, com o apoio a um dos piores dirigentes de que há registo.
Richard Zimler fez-me agora perceber que a magnitude das acções do Nationalsozialismus foi temperada, marinada e demorou algum tempo a apurar. E, incoerentemente por isso, foi tão inesperada. Sophie, uma jovem cristã feliz junto de judeus e aberrações aos olhos dos Nazis, narrou-me um Tempo em que houve tempo para o bom humor, fortalecer amizades, amar e desejar que a Alemanha de Hilter não viesse a ser tão selectiva e disparatada como, por fim, se veio a saber que foi.
Pelo caminho, as inevitáveis perdas: dos que importam e dos que importam, mas não deviam importar. No fim, um sorriso por ter tido a coragem, logo depois da vergonha, e de ter conseguido um autógrafo num dos livros que vou sempre recordar.

O tempo em que se persegue judeus e outras minorias religiosas e étnicas não acabou. E nós, aqui continuamos, como se não tivessemos nada a ver com isso. Receio bem que um dia também façamos parte da história.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Desde cedo, escrever foi a forma que encontrei de dar sentido ao que não entendo. É certo que também escrevo sobre o que acredito, sei, vejo ou sinto, portanto, entendo, mas tenho pouca urgência nisso. Quando estou atordoada, pego na caneta e ponho as palavras como bem entender, como me parecerem melhor arrumadas. Expurgo algum caos em mim.
Hoje arrumo as ideias: escrevo sobre pessoas. Não entendo muitas.
Gosto de amar, gosto de gostar. E não suporto quando essas mesmas pessoas me gritam:
- Vês? Não valia a pena...
Gostares. Amares.
Por definição, desiluidir está longe de ser uma mera perda de ilusão. Calha-me bem. Porque me recuso a achar que a minha percepção sobre um conjunto de acções
rir, falar, gesticular, numa outra escala, expôr ideias, definir valores
é uma mera ilusão. É concreto e, sobretudo, é a minha verdade.
Custa-me deixar de amar, deixar de gostar. Porque me deixa a remoer sobre onde falhou o meu discernimento sobre esse conjunto de acções
ele ria, falava, gesticulava, numa outra escala, expunha as suas ideias, definia os seus valores
e eu gostava
e conduz-me à inevitável verdade de que o seu falhanço, é o meu falhanço. No limbo, o discernimento, a percepção.
Mesmo assim, não consigo não gostar de uma pessoa de um dia para o outro, ainda que seja o que se espera, o que convém. Porque me vem à memória o itálico. E depois fico assim... a lamentar profundamente a complexidade de carácter.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

It don't breakeven... nor easy.



Quando achas que já viste tudo, que a natureza das pessoas é uma linguagem que já dominas, aparece o teu primo na capa de um jornal a dizer que não, nada disso.
E não sei que raio de reacção é esta, mas sempre que me relembro da facilidade com que uma pessoa magoa outra, só me apetece vomitar.

Nota - a música, é porque sim.

O que mais odeio na publicidade?

A capacidade de me impedir de ter coisas que simplesmente adoro, só porque sei que toda a gente vai ter uns. E ainda ter de pensar nisso a cada esquina.

Facebook ou o Deus dos tempos modernos


Um dia ele disse-me que eu era a Anita é Mãe Solteira. E eu desconfiei que o Facebook sabia tudo. Há tempos sugeriu-me que fosse amiga da namorada do ex. Tive a certeza que sabia tudo e que tem um humor lamentável. Hoje espeta-me a notícia que põe a minha família numa capa de jornal, por razões deploráveis. Sabe tudo e é sacana. Nunca mais vou ao facebook.

Nota - Acabo de escrever isto e eis que surge um pedido de amizade de um gajo muito, mesmo muito feio. Macabro.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Gajos vs. Gajas

Afinal há diferenças entre os sexos.

Rapaz das bombas Galp - Tu és do Benfica? - pega na mangueira e aponta para mim.
Meio - Isso é uma ameaça?
O Rapaz das bombas Galp abana a banha, soltando um não convincente.
Meio - Ah, bom. Sou!
Rapaz das bombas Galp - Ainda bem - solta um ronco que, quer-me parecer, indica que vem aí uma piada... das boas (!) - Com um carro tão vermelho era muita chato se fosses do Sporting!

Ai. Atão não sabes que foi mesmo isso que pensei quando comprei o carro?! Oh, homem! O que eu queria era que fosse giro. Gi-ro!

Além disso, quando me levam a ver o Benfica (B., começa já a tratar de comprar os lugares para o ano!), não preciso de levar o meu carro para fazer pandam: arranjo boleia de alguém que ainda não sabe, só desconfia, mas vai ficar apeado à porta do estádio. =P

Nota - Infligi trinta mil quilómetros no meu carro e sinto-me uma má pessoa. Eu juro que te adoro como se nos tivessemos conhecido hoje.

Margem Sul Power, yô, yô, 'tasse bem!



Txékiraute!
A todos os meus amiguinhos da Margem Sul! Ai, ai, o que me vão ouvir este Sábado, nessa bela terra chamada... Cova da Piedade!

terça-feira, 11 de maio de 2010

T2 para um e meio: o Papa

Aviso - Post com conteúdos susceptíveis de afectar pessoas sensíveis à religião.

Eu e o pai do Um decidimos não lhe dar uma educação religiosa, muito menos católica. Não o queremos influenciar em nenhum dos sentidos, mas não somos capazes de resistir a fazer uma piadinha ou outra sobre religião. No outro dia, esta funcionou: 

Meio - Olha, portas-te mal, baptizo-te! E vais usar um vestidinho destes branquinho o dia todo. - aponto para a montra de uma loja de roupas de baptizado.

Resultado: a birra passou quase de imediato. Meio: Um, Um: Zero.
À mesa do jantar, sigo a estratégia:

Meio - Portas-te mal, levo-te a ver o Papa! - e pensava eu que ficava sem resposta? Pensava.
Um - Iha, é é! - um som exclusivo dele, que faz sempre que antevê que vai ganhar a discussão - Não sabes que o Papa come criancinhas?

E o pai jura-me a pés juntos, enquanto rimos desalmadamente ao telefone, que esta, não foi ele que lhe ensinou!

Nota - Obrigada pelos pedidos carinhosos do regresso de T2 para um e meio.

Caricatura daqui.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Agosto 2010

Acho que já me decidi em relação a isto. Road Trip sem destino.

We can go anywhere from here...

... just as long as you're near.

Momento 24 #1


Cláudia Jacques foi hoje acariciada pelo maluco da Madorna. E o que nos rimos.

sábado, 8 de maio de 2010

Eles nem desconfiam...

... que ando a sofrer de binge eating.
Já comi uma bola de berlim com um galão, almoçei às quatro da tarde cachorros quentes, enjorquei de seguida uma taça de pipocas, vou comer uma pratada de peixe cozido com carradas de maionese e deliciar-me, à uma da manhã, com o cheesecake que tenho no frigorífico. É que está de chuva...
Abençoada genética, que me ajuda a esconder esta lamentável dieta.

Equilíbrios


Há uns anos atrás, em jeito de confidência, uma amiga contou-me que havia sacrificado, junto com o  namorado, uma actividade que muito gostavam, em prol da sobrevivência do amor que decidiram viver. Achei bonito. E acho que devo ter chorado mais. Eram tempos em que o fazia mais do que queria, ela lembrar-se-à. Haviam-me feito acreditar que os assuntos do coração não comportam cedências pessoais, e aquilo não me soava bem. Mas deitava-me a dançar naquela música. Ah, santa ingenuidade! Felizmente, o exemplo dela não foi em vão.
Hoje sei a verdade ancestral: no amor, as mulheres esperam que façam tudo por elas. Mesmo que seja só em teoria.
- Apetece-me uma banana.
Se não for capaz de se propor a dar a volta ao mundo ao pé coxinho para me trazer uma espécie rara da Malásia, está sentenciado. Não me ama. As megalomanias dos homens sempre fertilizaram o amor das mulheres. E, se ao fim de dez minutos aparecer em casa com um saco de bananas do Pingo Doce, directamente importadas do Brasil, não faz mal. Desculpar é um verbo conjugado pelo feminino (amar falhados, uma condição da nossa heterossexualidade). E isso é o que os faz querer ficar mais um pouco. Uma espécie de trapézio, onde o amor faz questão de se equilibrar, só para salientar a diferença entre os sexos.

Nota - este post é uma lupa de aumentar. Por isso, segurem as pedras que eu também não gosto que cedam a todos os meus caprichos. Se bem que, teoricamente, tinha graça. Na prática... bah, daria um amor morninho, morninho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Conversas

Falou-me da solidão e disse:
- Não entende nada do que para aqui digo.
Sorrio. Hoje quem importa és tu.

domingo, 2 de maio de 2010

Sugestão cultural #7: Jazz no Jardim

Há coisas simplesmente imperdíveis. Out Jazz 2010.

T2 para um e meio: Dia da mãe

Recebi um perfume no dia da mãe. Lembro-me quando a minha cheirava a Pink Lotion. Entretando, entramos numa picardia habitué:  

Meio - A minha mãe é melhor que a tua.
Um - Não, não é.
Meio - A minha mãe é melhor que a tuaaaa!
Um - Grrr, não, não é!

É o tipo de discussão em que fico sempre a ganhar. De resto, a minha mãe é melhor que qualquer outra. Até que a tua.

Mr. Zimler

A Sétima Porta veio-me dedicada. O primeiro livro autografado que tenho. Tive vergonha mas acabei por sucumbir ao olhar gentil de Zimler, um autor que se desculpa pelo que não tem culpa, que tive de ensinar a escrever... o meu nome difícil, está claro, e que, no fundo, me despertou curiosidade ainda antes de me decidir a levá-lo, mais uma vez, comigo. Anagramas de Varsóvia foi um dos meus livros preferidos. A Sétima Porta, dir-vos-ei daqui a uns tempos.

Leituras

Começou por uma atracção na livraria - começa quase sempre assim. Gostei das cores, da capa, do padrão. Há muito que me atraía o nome do autor. Mas não o trouxe comigo em nenhuma das vezes, foi um namoro longo, ponderado. E de repente, mandei-o vir ter comigo.   
Fico contente por não me ter enganado. Dou-me sempre por feliz quando um livro me faz entender um sentimento. Ele falou-me do fim da vida, de amizade, de simplicidade. Contou-me a velhice, mostrou-me que se pode ultrapassar a perda do único amor, mesmo aquele que foi nosso por cinquenta anos. E, ao falar-me disso, ao contar-me sobre isso, valter hugo mãe ensinou-me sobre ternura. Sem maiúsculas, fazendo-se valer apenas de pontos finais. Um livro sem sobressaltos. Que não se lê, saboreia-se.