sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

C'est fini

Amanhã escrevo aquilo que ando há uma semana a tentar dizer, mas que não surge. Simplesmente porque 2010 me vai deixar muitas saudades e eu sou uma saudosista-por-antecipação-nata. E agora, vamos lá festejar a chegada de um 2011 que me deixe ainda mais muda daqui a um ano.

A todos, FELIZ ANO NOVO!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

If i could write you a song to make you fall in love...


... i would already have you up under my arm.

(se calhar não devia gostar disto, mas gosto. gosto, pronto.)

É um dado científico.

Qual amor e paz, qual carapuça! Por aqui, é sempre disto. E é por isso que, quando me perguntam pelo Natal, eu faço ouvidos de mercador, escuso-me a respostas ou, simplesmente, concluo com um alívio sincero:
- Já passou! Agora, só para o ano.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Be my boy, be my boy


I've been thinking about those things you said
I've been thinking about those things we did
I've been thinking about those things you do
I've been thinking about those things you made me do too

domingo, 26 de dezembro de 2010

E vamos festejar

... um dos melhores dias do ano. Porque é o dia em que falta mais tempo para o próximo Natal.
Uuufffa, sobrevivi a mais um!


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Definitivamente, é Natal

Hoje reencontrei dois amigos. E é bom abraçar os amigos!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Chego a casa depois disto:



e tudo ficou mais divertido. Já vos disse que adoro dar concertos no carro?

sábado, 18 de dezembro de 2010

Ingenuidade

Estremeço. Acordo. Toco-te. É outro cheiro, é outro corpo. É outro homem que me afaga em consolo.
- Tiveste um pesadelo? - é outra mão que procura a minha e que ma encontra, entre os lençóis.
É outro quarto de um mesmo hotel. O mesmo calor, de qualquer hotel.
- Eram fantasmas... - a minha voz encontra o silêncio da tua respiração funda. Não devias fumar.
Esmagas os centímetros que nos separam. Levantas o braço para que eu confirme: é outro cheiro; é outro corpo; é outro homem que me beija agora no escuro.
- Os fantasmas não existem... - a respiração funda, ritmada pelos cigarros que nos consolaram a conversa na noite fria.
Ingenuidade tua. Os fantasmas existem, sim. Aparecem à noite. Para me comerem o coração.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sem resposta*

Ele telefona-me para me encher os ouvidos de coisas bonitas. E, pelo meio, faz-me rir.

Agora a pergunta é... porque raio é que eu não aceito ir jantar com o mocito?!

Oh, mente mais atravessada.

*diz que é trauma com (pseudo)artistas.

Achei,



quem se exprima por mim, hoje.

E quem se lixa...*

Estou a ficar demasiado emocional... e a tentar, desesperadamente, racionalizar isto. Sendo que isto, é já muita coisa.



(E alguém vai voltar ao Optimus Alive, já que estes meninos vão lá tocar)

*... é o mexilhão.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

So what?

Gosto que me agarrem com vontade, que me beijem de surpresa e que me violem os sentidos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

É mais ou menos isto.

Só me apetece dizer coisas que não posso dizer e depois fico assim quietinha. Quietinha à espera que passe a vontade de fazer as coisas que me apetece dizer e não posso. Não, não posso.

Pero, aqui encuentro la paz. Por esto, vuelvo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

T2 para um e meio: a segunda vez

Afinal não vai ser a estreia do Um, que impaciente por ir ver o Benfica, foi levado por um amigo do pai a ver o Olhanense. Sim, o Um já viu a Vitória. Já sabe como é difícil ver das bancadas. Já gritou gooooooolo ao vivo. Já sabe que nos estádios não há repetições e já saiu da Luz com o gostinho da vitória. 
Não (me) importa. Hoje vai ser mais giro. Porque hoje vamos nós. (E nós, e nós, e nós!)

Reencontros de Natal na luz. Que bonito.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Nelly explica.



(E eu queria uns abdominais assim. Ai se queria.)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Facciamo l'amore

(Tu mi hai guardato con l'occhio di chi vuole.)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

I won't sleep tonight



Here we are again
I feel the chemicals kickin' in
It's gettin' heavier
I wanna run and hide
I wanna run and hide

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Primeiro pedido de Natal

O João já não é meu amigo. Por isso, este ano, o João já não me vai dar uma prenda de Natal. Mas se o João ainda fosse meu amigo eu dizia-lhe:
- Ó João, viste o filme errado.
E se o João, este ano, me voltasse a dar uma prenda de Natal eu dizia-lhe:
- Ó João, dá-nos um bilhete para o Benfica!!!

É que o B. não é meu companheiro de cinema. É o meu companheiro da bola. E o que eu gosto disso.

E por isso, terá a honra de estrear o Um nas lides futebolísticas. Benfica vs. Braga, nos aguardjiiiii!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

T2 para um e meio: a psicologia do desenho

O Um fez este desenho a meias com um amigo. Nem aguentou esperar para chegarmos a casa para mo mostrar. Devo ler nas entrelinhas ou ignorar o facto que o meu filho anda a fazer desenhos de discotecas?

... eu juro que não aguento o que a adolescência me trará.

(E como é que ele sabe como é uma discoteca? Como?!)

Ai, ai, ai, ai, ai. Ai.



Whenever I'm around you, it all seems so clear. (If I wasn't such a fool, I'd kiss your lips)

(...)

We can. We could. I would.

*Acho que esta também é repetida, mas pronto. Há músicas que se encaixam em vários momentos da nossa vida.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Futebolices

Eu que gosto do Barcelona desde os tempos em que Luis Enrique me fez perceber o que era um homem, devo dizer que fiquei contente por Mourinho e Cristiano Ronaldo terem levado com cinco em cima.

domingo, 28 de novembro de 2010

Levas-me contigo?

Vou repetir isto*. Só porque nunca houve um momento em que uma noite em Paris e uma manhã em Nova Iorque fizesse tanto sentido. Ou, pelo menos, me apetecesse tanto.


*Muda-se a versão, pronto.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

T2 para um e meio: Brincadeiras de miúdos?

O padrinho do Um foi buscá-lo à escola, juntamente com a sobrinha dele que tem menos um ano do que o Um. Telefono ao padrinho - dou-lhe os parabéns, que hoje é dia de festa - e falo com o meu filho.

Meio - Então, está tudo bem? Andas a brincar com a I.?
Um - Mãe, ela está sempre a gozar comigo.
Meio - Oh, isso é a brincar...
Um - É? Ela é o diabo!
Meio - Um! Mas isso diz-se? É o diabo porquê?
Um - Não sei. - baixa a voz - Só te digo que ela é matreira...

Ai Santa Maria, tu acode-me.

I can’t focus on anything

A psicologia podia explicar-vos isto melhor do que eu: que o meu inconsciente gosta que eles não estejam disponíveis, que gosto de competir, saber se serei escolhida. Eu não sei explicar melhor do que isso. Mas sei que (já) não gosto de nada disso. Que já fico triste quando me dizem que têm namorada. Que já acho que não se faz disso. Não se fica com quem não se gosta para se andar a gostar de alguém aos pedacinhos. Por isso, eu que até acho que gostei demais, vou sair de fininho. Assim que conseguir. Assim que conseguir...


('cause you stop my heart)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eu aderi à moda dos furrie,

e nem cinco horas durou.

Perdi o meu casaco de pêlo e fiz uma filha de um ucraniano taxista muito feliz. É caso para dizer:

- Foda-se!

E sabe tão bem...



... quando me deixas forte como mais ninguém.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010


Meu amor de uma noite
que poderás fazer de mim agora
Se o meu pecado é açoite
A açoitar-me noite fora

E castigo às vezes custa.

T2 para um e meio: A maturidade não escolhe idade

Ela veio pedir-me desculpa.
- Há muito que andava para fazê-lo. - admitindo que não fui eu, que não foi a minha barriga cada vez maior que nos afastou. Foi a sua falta de maturidade.
Hoje também é mãe. Na idade esperada, depois de um casamento convencional, depois de um namoro tradicional. Fez tudo certo e, apercebeu-se, por isso, que também tinha feito tudo errado. Que um filho nunca é um obstáculo e, sim, um amor maior. Que não se critica quem escolhe dar a vida em vez de se esconder no esperado.
Ela veio pedir-me desculpa e eu aceitei. Já não me lembrava da sua maldade, já não me lembrava do quanto me tinha espantado a atitude dela. Mas aceitei-as. Com a certeza de que encerrei um capítulo da minha vida. Uma parte da história que guardei muito tempo numa gaveta e que, por fim, pode respirar. Porque está concluída.
Desculpas aceites.

You know your wrong...



... But its so strong still carrying on.

(But she don't have to know. She don't have to know)

Sinto-me...

Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.

Fernando Pessoa

... a mandar pedacinhos de alma para a fogueira.

domingo, 21 de novembro de 2010

Don't be afraid of a little bit of pain


Pleasure is on the other side.
Tentou concentrar-se em Varguitas. Em vão. Tem a cabeça e o corpo cheios de ti.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

À chuva...

Num castelo só para mim.

Só mais uma coisinha.

Já vos disse que adorava ser Rockstar?
Adorava.

E pronto.



E quem nunca fingiu tocar grandes guitarradas em cima da cama aos pulinhos ao som disto também não sabe o que é a vida. Nops.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sugestão cultural #12: Ecletismo

Método centífico ou filosófico que busca a conciliação de teorias distintas. Na política e nas artes, ecletismo pode ser simplesmente a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor, sem se apegar a uma determinada marca, estilo ou preconceito.*

Ou por miúdos:

O mesmo empolgamento para ver Janelle Monáe e Jon Bon Jovi.

Eu sei. Eu sei. Mas quem nasceu no ano de 1984 e não perdeu horas a olhar para a carinha do gajo num poster qualquer saído duma Ragazza, enquanto ouvia (no máximo) Always num walkman amarelo não sabe o que é a vida. Tenho dito.



*In Wikipedia

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cimeira da Nato

Ainda bem que sexta-feira zarpo para Torres Vedras. Ainda bem!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Preparem as passadeiras

Quando é que me tornei na rapariga que aceita beber cafés com rapazes com os quais se cruza no multibanco, não sei. Mas que ousadia rima com divertimento, podem apostar: foi uma hora de almoço surreal.
Agora, não se admirem de me ver aí numa Caras ou numa Lux. Diz que o rapaz é um actor conhecidíssimo (giríissimo, pois). E que me está a dever um jantar.  

domingo, 14 de novembro de 2010

Confesso.

Eu sempre tive um fraquinho pelo Nuno Gomes. desde os tempos do Boavista. Gozem. Vá, gozem.
(momento de gozo...)
Mas hoje, fiquei a gostar ainda mais. Um homem que se parte assim a chorar, dá vontade de dar miminhos. Dá.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Está declarada a falência...

... multiorgânica, e sobretudo cerebral.
Dói-me tanto o corpo que me sinto tetraplégica. Confesso que chorei com o diagnóstico. Amanhã vou trabalhar até às tantas e a folga prometida para segunda ficou reduzida a metade.
Eutanásia marcada para a próxima noite. Não sei se me embebedo, se me drogo, se me atiro às duas coisas.

Eu sei que sou meia africana, mas pensava que a escravidão (em Portugal) já era. Qual quê!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

T2 para um e meio: E assim se começa

O Um pôs a avó a fazer um bolo para vender no São Martinho. Diz que o dinheiro é para uma viagem de finalistas.
Uma viagem de finalistas.
O Um tem 9 anos.
Eu não sei, não. Aguenta, coração.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mais um momento feliz

E como hoje foi o dia da amizade, só podia terminar com um jantar com um amigo. Porcarias, como ela gosta. 
Agora vem cá ler isto e sorri. Eu sei que gostas quando falo de ti.

Mi sentirei così come mi sento. Innamorata.

Fê-la rodopiar nos seus braços e disse-lhe, mudo de palavras:
- Estás linda.
Ela sorriu, levantou o pé em jeito de elegância e devolveu-lhe:
- Um dia vou-te amar.
Já em si cega de amor.

Eu juro que sempre que vou ter contigo, vou a encolher os ombros. A convencer-me que tanto me dá. E depois vejo-te. E fico sem saber mais nada.

(Eu já não odeio as terças-feiras)

Obrigada. Obrigada. Muito, muito obrigada.

Tu não estavas lá para ver a reacção. Mas eu conto-te: eu sorri. Eu sorri muito. Eu pulei. Eu fiquei derretida. Eu fiquei de lágrimas nos olhos. Eu fiquei incrédula. Eu voltei a sorrir. Eu sorri muito. E fiquei com o sorriso a tarde toda, a noite toda e muito, muito tempo. O resto da vida. Cada vez que me lembrar da surpresa que me fizeste. Cada vez que pensar em ti. Cada vez que me apetecer falar contigo.
Foi dos gestos mais bonitos que já me fizeram. Adorei a espontaneidade. Adorei não ser nenhum dia especial e tu fazeres dele um dia especial. Adorei que me perguntassem se fazia anos. Que me dessem os parabéns. Adorei ter de dizer que não, que não faço anos. Simplesmente tenho uma amiga sem igual.

Mas que dia...

... maravilhoso.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E posso queixar-me só mais uma vez?

Estou farta de trabalhar para alguém enriquecer. Tenho dito.

Venha de lá essa terça

Algumas segundas-feiras só podem acabar com um diazepam em cima. Culpa da garrafa do Porto, que se acabou.

domingo, 7 de novembro de 2010

'Tás a ler?

Admito. Fui atrás dele por ter sido premiado com o Nobel da Literatura. E ainda bem. Porque me deixou a sonhar - literalmente - com Ricardito. E a pensar que me identifico tanto com o menino bom e a menina má.
Posto isto, já tenho comigo A Tia Julia e o Escrevedor (aliás, o primeiro romance que me chamou à atenção há uns tempos atrás) e sei, já assim de antemão, que me vou deliciar nos próximos tempos. E como eu gosto disso.

sábado, 6 de novembro de 2010

T2 para um e meio: o rei do eufemismo

Eufemismo
nome masculino
figura de estilo que consiste em suavizar uma ideia desagrável por meio de uma expressão mais agradável

Um: Mãe, andam a comer o mesmo fio de esparguete?
Meio: Quê?!
Um: Sim.. tu sabes! São namorados?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Recuperando,

Numa praia perto de si.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pousou as mãos nas costas arqueadas mas não a deixou descansar. E ela guardou cada impulso que lhe chegou ao coração enquanto a mão dele descia. Devagar.

Um dia a vida partiu-me o coração...

... e eu acabei a chamar o reboque.

É do conhecimento público que eu ando a passar de mansinho pelos homens desde que me vi estupidificada com o fim de uma relação. E entendo que estejam a pensar o que raio tem isso a ver com o facto de eu ter furado hoje um pneu, mas eu explico.
Tenho de confessar: há momentos em que bate a saudade de ter um namorado. Aquele em que sais do carro e vês que o pneu está em baixo. Olhas à tua volta, dás voltas à cabeça, sobre ti mesma, sobre o carro e percebes que não sairás dali pelas tuas próprias mãos, que as manicures são um investimento para durar e que o macaco é, afinal, um mico leãozinho cujas capacidades de erguer um carro são altamente duvidosas.
Hoje aprendi que as relações fortuitas não mudam pneus e nem sequer valem para te dar apoio moral enquanto esperas pelo reboque. Por isso, senti saudades de ter um namorado para me vir ajudar. Ora, para erradicar da mente tais ideias absurdas, pus-me em contacto com o meu terreno seguro: a mãe, que faz o efeito calmante, o pai do Um, que faz o efeito minimizante e a amiga, que faz o efeito muro das lamentações. E mais nada. Porque a seguradora, essa instituição que automaticamente inclui na apólice a hipótese de chamar o reboque para mudar pneus ao sexo feminino, faz o resto.
E, no fim, cento e setenta e seis euros e vinte e dois cêntimos e dois pneus novos depois, descobres que sozinha também és capaz de procurar um mecânico, que há alguns muito giros e que, estando mais esta prova ultrapassada, já podes passar mais uma temporada sem chamar namorado aos moçoilos que aparecem por aí.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mas claro que a saga continua...

Eu disse que estava paga a dívida, mas não é bem assim. A PSP não me deixa respirar e já me enviou mais cartas do que a EDP me enviou facturas da luz. Mais uma multa para pagar. Bom, pelo menos foi em Torres Vedras. Tudo é muito mais bonito em Torres Vedras.

Diário de uma inibição de condução# 4: O fim


Não sei exactamente em que momento da minha vida me tornei na moça que faz danças da vitória em pleno Governo Civil, mas garanto que fechar este capítulo foi dos momentos mais fantásticos da minha vida.
A dívida à sociedade está paga. Obrigada, até nunca mais ver.

(Nota - A dança do milindro é coisa para me fazer rir durante horas.)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reencontros

Tenho um trabalho que me permite reencontrar todos os dias, pelo menos uma pessoa que estimo. Isso dá azo a muitos cafés. E é com agrado que noto que os homens ainda fazem questão de pagar a conta no final. O dinheiro poupado vai ajudar-me a pagar as consultas de cardiologia, daqui a uns anos. É que a minha tensão há-de ressentir-se com as miligramas de cafeína que vou injectando. Ah, se vai.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

T2 para um e meio: Cada um é pró que nasce

Estamos a ver um vídeo aqui postado com o Marco Ferreira a dançar. O Um admira-se com os movimentos do rapaz. Pergunta-me

Um - Mas como é que ele faz aquilo?
Mãe - Oh filho, cada um é pró que nasce, e ele nasceu para dançar. E tu, nasceste para quê?
Um - Fogo! Eu nasci para descansar!

Mais um a não contribuir para a economia do país.

Considerem-se avisadas.

Fui abordada por um senhor lindo de me atirar para o chão. Apresentou-se, deu-me o número de telefone e convidou-me a trabalhar para ele.
Atenção, senhoras, este pode ser o vosso marido. É que ele tinha aliança. E eu não sou a pessoa mais confiável do mundo.
Já avisei.  

Fugi

Mais um dia perdido à conta da carta que não te escrevi. A resposta que ficou por dar às tuas palavras escritas onde só recordo, destacado, o amor que me declaraste. Remoí a verdade que se esfumou ao soar Paris: que também te amo. Que te amo tanto. Amo-te, sim. Mas que está tudo perdido. És o prato que nunca mais vou saborear, num país que não devo regressar. Existes em mim, mas jamais viverás aqui. E a angústia que me dá...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

T2 para um e meio: Dou o cu e cinco tostões...

... para ouvir o Um dizer que sou a melhor mãe do mundo. Hoje passou cá em casa para recolher a caderneta de cromos esquecida e lá renovei o título. E fico eu, com as palavras dele e empoadas no ouvido, a pedir aos santinhos para que seja vitalício.

Vou ali chorar, já volto. (só hoje)

Quando a directora de uma grande (mesmo grande) publicação se lembra de uma reportagem que fizeste há dois anos, quando lá estiveste três parcos meses a estagiar, sabes que podes chorar.
De alegria, porque não é suposto que alguém que lê tantas histórias boas por dia se lembre de uma que escreveste.
De revolta, porque não há lugar para o que queres ser, e ninguém devia ser outra coisa senão o que quer ser (sim, mesmo que o tenha descoberto com cinco anos de atraso)
Mas sobretudo de saudade, porque não me lembro de tempos tão felizes como aquele, que faziam cada uma das quatro horas de viagem por dia parecer uma semana de férias nas Maldivas. Foram três meses com muitas histórias, umas publicadas, outras que guardo só para mim, mas todas com a sua história. E que fizeram história na minha vida, levando-me à agridoce certeza de que não quero fazer outra coisa senão escrever histórias. De preferência, o resto da vida.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Confesso que só de imaginar que te vou encontrar...



... me sobe à boca o coração.

(Bem sei que este nosso cruzar, Pode até nem passar, De um capricho sem valor. Mas porque raio hei-de evitar, Se esse teu ar...)

... me trouxe ao sangue calor.

sábado, 9 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

T2 para um e meio: O Um e a Forbes

Depois de uma conversa ao telefone com a minha chefe, fico a saber que vou ser aumentada. Ora, além de ser o objectivo pessoal de qualquer um, em tempos de crise, a notícia merece uma valente dança da vitória.
Desligo o telefone:
Meio -  Oh yeahhhh!!!!! A mãe vai ganhar mais!
Um - Yeaaaaaaaaah! - Dá saltos pela escada acima e põe os olhos arregalados.
Sei que nesse momento o Um começa a imaginar-nos deitados numa cama, com o dinheiro a voar em cima de nós. Estilo American Beauty, mas com dólares em vez das pétalas de rosa. Começa a pôr ar de quem vai pousar para a Forbes agora mesmo. De repente pára. É preciso saber exactamente o ponto da situação.
Um - Mãe... vais ganhar quantos milhões a mais? 
E pronto. Quando lhe disse o valor do aumento, abanou a cabeça e afirmou desolado:
Um - Olha, olha. Isso não vai dar para nada...

O meu filho pensa em grande. Oh, se pensa!

Knock Out!

Comprei um saco de boxe. E partilhei com o moçoilo as minhas dificuldades.
Gancho à esquerda? Naaaa. Uppercut's? Qual quê! 
Ela, com o seu ar mais feminino de aspirante a boxeur - Está a imaginar-me a pendurar isto no tecto?
Zás, aí vai ela de golpe directo.
O rapaz, gentilmente, prontificou-se a vir furar o meu tecto. Mas só depois de eu garantir que não tenho ninguém, mesmo ninguém (mesmo nenhum homem) para mo vir pendurar. A defesa como arma de ataque.
Ah, pois é. Chama-se a isto o jogo do engate.

*É óbvio que vou optar pelo suporte, mas se ele quiser pode vir montá-lo...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sugestão cultural #não-sei-porque-estou-a-postar-do-mail: GNR

Se encontrarem perdida numa gaveta lá de casa uma cassete de Bee Gees, não se ponham a rir sem ouvirem a justificação. Tudo o que a minha irmã queria de prenda era ouvir o senhor Axel Rose ao som de Slash. Só que não havia. E a minha vizinha deu lhe a de Bee Gees.
Afinal, o nome era parecido...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

T2 para um e meio: Maternidade a tempo inteiro

Cada vez retiro mais prazer de dias assim: eu, ele e uma data de mimos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tempo frio afasta o tempo que nos afastou...



... mas só mais uma vez. Só mais uma vez.

(Nota - fazia muita coisa gira com este senhor. Oh, se fazia.)

domingo, 3 de outubro de 2010

Diário de uma inibição de condução#3: O pendura

Fui levar um amigo a casa. E apercebi-me que, para o pendura, conduzir sem carta de condução significa mesmo... conduzir sem (ter tirado a) carta de condução:
- Cuidado com a velocidade. Olha o radar. Olha a polícia. Olha a polícia. Olha a polícia. Porra, mas isto hoje é só polícia?
É caso para dizer: levas tu ou levo eu?

sábado, 2 de outubro de 2010

Comer, orar, amar

Eu queria guardar este facto só para mim. Mas se Javier Bardem deu a cara, foi realizado por Ryan Murphy e produzido por Brad Pitt cresce-me confiança no peito para admiti-lo: fui ver Comer Orar Amar.  
A história aborda tão somente a gasta metáfora da viagem como descoberta pessoal. Aquela que muitos sonham fazer mas que poucos encetam. Tem romantismo, mas escusem-se à presença de parceiros. Assim de repente, é a única forma que vejo de evitarem a náusea de sair de mão dada com alguém, quando o que realmente apetece é desatar a pôr os tarecos à venda e partir para a vossa Burges. Seja ela uma metáfora ou não.
Eu não sou muito aventureira. A história de uma mochila às costas e o mundo pela frente não me agrada... embora a ideia de fazê-lo com uma mala de viagem (daquelas de rodinhas) e boas camas à minha espera  me ponha em pulgas para partir agora mesmo.
Sei-o hoje que são muitos os sonhos que não sobrevivem à adolescência. São mais ainda os valores que por ali morrem. Mas se há uma coisa que não me tem largado desde então é a ideia de que, no dia em que formos capazes de andar pelo mundo só com a nossa bagagem, sem carregar absolutamente nada de ninguém, é o dia em que nos encontramos. Seja isto uma metáfora ou não.
Não tive inveja de Elizabeth Gilbert porque a minha viagem também já começou. Há um ano. Não fui longe. Não conheço a Índia nem Bali. Nunca me deliciei durante quatro meses com iguarias italianas. O mais longe que fui deixaria qualquer aventureiro a rebolar no chão a rir. Mas a verdade é que me tenho descoberto como se palmilhasse quilómetros com estes pézinhos. Três voltas ao Mundo em pouco mais de quatrocentos dias...
E conheci as mesmas pessoas fantásticas, que deixo, sem ressentimentos, sem culpas, quando se torna imperativo partir para outro lugar. A viagem tem de continuar e os que merecem a pena, colam-se em nós; aprendi que amar não tem de ser um acto correspondido. Nem contínuo. E que se pode simplesmente admitir o amor em voz alta, sem vergonhas; descobri que o amor nem sempre paga a renda. Mas, lamentavelmente, só nós o podemos despejar; assumi que a saudade nasce na ausência, alimenta-se dela e é nela que morre; e aprendi que ser como sou dá-me mais vida do que parecer o que sou. Não sou forte. Não sou aventureira. Não sou capaz de fazer tudo sozinha. Magoo-me facilmente. Perdoo com dificuldade. Não amo Deus, mesmo que ele afinal exista e me ame de volta. Aprendi a dizer, com sentido: não faz mal. Porque, de facto, nada disto faz mal. No fim, só eu poderei fazer o balanço de uma vida. E vou ser tendenciosa. Não faz mal. Nada disso faz mal. Eu já me decidi. Vou declarar que foi uma vida fantástica.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

E já só falta quinta, sexta e sábado.

Porque é que sinto que sou a única pessoa a entrar em casa mais de doze horas depois de sair? Logo eu, que sou das poucas pessoas que admite que isto de trabalhar não é para mim...

(E acendo a televisão pela primeira vez na semana e o que vejo é que o IVA vai aumentar para 23%. Mais vale viver na ignorância. Já estou como os velhotes que não me largam da mão: «Onde é que esta merda vai parar?»)

Coisas minhas.

Adoro tomar banho, vestir (só) o meu robe FontanaPark Hotel e comer sopa no sofá. Sinto-me independente, sexy, chique e lembra-me quando o meu trabalho era pago em géneros. (Hey, nada de ideias erradas sobre o tipo de trabalho!)

E as viagens. As viagens...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Diário de uma inibição de condução#2: venham mais cinco...

... o catano! Já só faltam três. Três semanas sem operações stop, sem acidentes e sem conduções nocturnas. Confesso que no primeiro dia parecia que além de me terem tirado a carta, me tinham tirado o «saber conduzir». Hoje, oito dias depois, continuo assustada quando vejo um polícia. Mesmo que estejamos na fila do supermercado. Mas temo que daqui nada já nem me lembre que sou uma pessoa inibida. De conduzir, está claro.

Jasuuuuuuuuuus!



(Avancem para o minuto número três e entendam porque é que eu queria tanto ver um concerto deste senhor... na primeira fila, pois.)

E portanto, um dia feliz. Até que enfim...

Diverte-me acreditar no destino: uma cirurgia inesperada, uma falta ao trabalho e, esse destino que eu quero crer, esmera-se por surpreender. Coloca-nos frente a frente. Gritos reprimidos, um abraço e muitos sorrisos que se prolongaram toda a tarde: sempre que me lembrava de ti, de nós, ali, da audácia da vida.
Dizem que não tenho muitos amigos. Eu sei. Mea culpa? Sem dúvida. Tenho um coração grande, maior do que o mundo... mas eu só amo gente maior que isso. Grandiosa. E isso ocupa um espaço imenso. Mais do que matéria. Só por isso a nossa amizade durou tantos dias sem um abraço, mas nem um sem o teu consolo. Mesmo assim, foi bom sentir-te. Que o próximo abraço não tarde tanto.

Posto isto, apetece-me choramingar. De felicidade. Um beijo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sábado, 25 de setembro de 2010

Ceci n'est pas un revê

Sonhei que morrias e chorei muito. Acordei em lágrimas. Temo que sejas eterno em mim. E que morras sem o saber. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estou nas suas mãos.

Ando com umas dores de costas tão grandes, mas tão insuportáveis, que no sábado conheci um massagista e pedi-o em casamento.
Encontro marcado.

Diário de uma inibição de condução#1: E lá fui eu.

Coração apertado, voz a tremer, com vontade de fumar três ou quatro charutos. E nunca, mas nunca me senti tão Rock n' Roll. Ok, talvez quando fui escoltada por dois polícias à esquadra a coisa tenha tido mais adrenalina, mas entregar a carta e entrar no carro a seguir - sim, no lugar do condutor - também tem o seu quê de bad girl.
Despeço-me dela com um beijinho. Sussurro-lhe que nunca mais nos vamos separar. Entrego a carta.
Até dia 21 de Outubro.