Chegamos a casa. Parecemos abalados. Um de óculos. O outro com menos um dente. Sentimo-nos frágeis. Como se gostarmos um do outro fosse (ainda) só isso: beleza. Dizes-me que fico linda. Digo-te que, um dia, também eu não terei dentes. Não um. Nenhum. Deixamo-nos cair, abraçados. Frágeis. Mas juntos. A beleza é isso. Dizem que duas cabeças pensam melhor. Pela mesma lógica, dois corações sentem melhor. Estamos abraçados e já não há problema. Dois corpos juntos, fazem melhor. Sorrisos. Beleza a dobrar. Abraçados, somos muito mais bonitos. Porque sorrimos. E a beleza brota num sorriso. Mesmo que, lá no fundo, lhe falte um dente. Sou pitosga mas isso, vejo de longe!
Na realidade, nem como assim tantos. Mas na pressão de arranjar um nome (sim, não houve tempo para pensar que ia ter um blogue) foi este que me surgiu. Estúpido? 'Tou nem aí!
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Beleza (parte I)
Costumam dizer-me que sou uma rapariga bonita. Eu agradeço, por vezes embaraçada, sempre lisonjeada. Gosto que mo digam, mas eu sei. Sei-o quando volto cabeças ou quando me chegam piropos aos ouvidos. Sei-o quando ousam convites para sair, mesmo com o homem que me dá beijinhos ao lado. Mais ainda quando ele mo sussura. Quando me dizem que devia ter sido modelo. Sou bonita, eu sei. Tenho bons genes. Cresci desajeitada e cedo percebi o que trabalhar para ter este efeito nas pessoas.
Perdoem-me a introdução tão egocêntrica, mas hoje recebi um elogio daqueles. Deliciosos. Não ao corpo nem à cara, mas ao jeito de ser. Desses que custam dar, sabe-se lá porquê. Desses que as pessoas guardam para si. Recebi um elogio desses, que me fazem sentir bonita, e querer continuar a ser bonita. Em pleno vacilo da minha auto-estima, enquanto comprava um par de óculos. Deus, odeio óculos! E nesse momento, como se a rapariga que me ajudava percebesse a minha fragilidade, dá-mo. Solta-o, espontânea. Um elogio à minha simpatia e sorriso pronto. Um elogio à minha delicadeza e trato fácil. E esse, sim. É o segredo de toda e qualquer beleza. Não conheço boas pessoas feias. Não as há, porque se tornam de imediato bonitas. Como se a beleza brotasse de um sorriso, de um doce jeito de ser. Saio da loja feliz. Estou em crer que, fôssemos todos gentis uns com os outros, e seríamos todos bonitos. Muito bonitos. E sim. A beleza, desta, traz felicidade. Contagiante.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Uma semana de loucos, entre as gentes do coração em Torres Vedras, as estradas escuras e sinuosas até à Batalha, e o sol ardente do Algarve, que termina hoje. Com uma valente dor de costas e de alma. Como se valer a pena, não valesse assim tanto a pena. Estar longe, dormir em bons hotéis e arrastar a mala da Barbie empoleirada em sete centímetros de salto já não valem assim tanto a pena. Senti saudades, demasiadas saudades e ainda assim, hoje durmo e tomo umas drogas. Estou de rastos.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Passou-me pela idéia...
(Palavra de mãe de rapaz!)