sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Eu não sei amar. Não desse jeito desprovido de essência. Não desse jeito moderno, oco. Eu não amo muitas vezes. Mas se te amo, amo-te e dói. A respirar, a comer, a andar. Na inconsciência e na ausência. Dói-me, sobretudo, no silêncio depois do amor feito. O amor não vem fácil, não. Mas se te amo, deus!, se te amo quero fazê-lo de corpo e alma, sem olhar ao tempo que temos. Não quero o teu mundo nem o meu mundo. Basta-me o nosso mundo. Com todas as suas incertezas, uma bolha de fragilidade, onde incubamos o nosso amor. Onde o forçamos a crescer, com beijos e abraços e suspiros e o aninhamos debaixo dos cobertores.
O amor estilhaça-me sempre. Sempre. E hoje tenho outra vez pedaços meus espallhados por aí.

1 comentário:

AP disse...

Tão, tão, tão, tão bonito!!
As palavras e o sentimento :)