Estava aqui a fazer um review sobre os posts que fiz do dia de S. Valentim no blogue. E descobri que, desde 2008, já passei por muitos estados de espírito nesta data: momentos de paixão assolapada, momentos de completo desinteresse pelo dia, momentos em que, muda, amei por palavras e imagens alheias e anos até, em que a amizade foi o jeito de amor que encontramos para gargalharmos no dia dos namorados.
Pois este ano, 2014, será o ano do amor. Finalmente, na mouche. Não é, afinal, o que se comemora hoje? O amor? Esse, o tal. Desinteressado de tudo o que não seja essa mistura bombástica de amizade com paixão assolapada.
Eu não te amo. Não oficialmente. Porque nunca to disse, e se nunca to disse, pouco importa se já o senti. Não é oficial. É assim como um filho bastardo. Isso, o meu amor por ti é um filho bastardo, que não sabe que existe por estar escrito ou decorado. Só saberá que existe se nos abraçarmos, se sorrirmos continuamente. Valida-se se continuarmos cúmplices, sobretudo nas adversidades. Só respira se me pegares ao colo e levares para a cama, depois de, mais uma vez, adormecer no teu sofá. Materializa-se nas brincadeiras que só nós entendemos. E perfilha-se nos nossos cantinhos secretos, onde olhamos as estrelas e o mar e nos dispersamos não só em beijos, mas em conversas sobre a natureza, o universo e nós. Seres pensantes, incapazes de pensar o amor. Seres céticos incapazes de perceber o que nos aconteceu. O mais puro e sincero dos amores. Obrigada por isso. Por me fazeres chegar aqui. Ao 14 de Fevereiro de 2014. Só agora soube o que é. Mesmo que o passes longe, sabe: este é o primeiro ano da minha vida em que celebro o amor.
1 comentário:
A tua Amy, o teu amor :)
Toda a felicidade, mereces!!
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