sábado, 11 de agosto de 2012

Dias 2 e 3 - Ciao, Veneza!

Há uma razão porque todos gostamos de viajar: a imaginação tem limites, e raras vezes pinta o quadro como ele realmente é. E quanto mais diferentes do nosso quotidiano forem os sítios, mais esta ideia ganha força. Eu já sabia, pelos filmes, pelos livros, pelo boca-a-boca, como era Veneza. Pois bem... eu não sabia nada. Não sabia que podiam haver lugares sem carros. Muito menos lugares onde os barcos fazem de carros e de autocarros, mas tão, tão bem, que põe a Carris a um canto. Para mim, andar de barco envolve uma logística grande, que seria impensável sair de casa, e entrar num. Aqui, ninguém enjoa. Não há coletes salva-vidas nem instruções. Quem mora aqui, sabe andar de barco, e ponto-final. E provavelmente, quando fecham os olhos, à noite, adormecem com aquela sensação de mareio. A mim, aconteceu. Acho que se adormece mais feliz.
Outra coisa que nunca ninguém me contou, e olhem que eu conheço umas quantas pessoas que vieram a Veneza, é que aqui há praia. Hoje molhámos os pés no Adriático, e juro que fiquei cheia de pena de não ter colocado na mala uns fatos-de-banho. Em Lido, entra-se num outro mundo. Ou melhor, volta-se ao mundo: tudo é mais parecido com o que conhecemos. Praias e deixa-andar. De bicicleta, ou pelo menos, este foi o modo que escolhemos para conhecer toda a ilha, com a devida paragem para pôr o pé na areia que, português que é português, em Agosto, quer é praia.
Em pouco tempo, apercebi-me que os turistas do futuro estão condenados. A beleza de conhecer um lugar, está nos detalhes. As cidades mais bonitas que já vi são feitas a renda. Têm arte. Isto de usarmos o minimalismo como arte dos tempos modernos vai correr mal. Ou, pelo menos, vai tirar o sabor de descobrir. Coisas. Pormenores.
Amanhã partimos para Florença. É caso para dizer: Ciao, Venezia! Ci vediamo dopo! Com fato-de-banho!

1 comentário:

AP disse...

Adoroooooooooooooooooo toda a descrição