quinta-feira, 2 de maio de 2013

Reflectindo:

Eu quero acreditar que há qualquer coisa de artístico em mim. Qualquer coisa, vá. Um centímetro quadrado do meu corpo, que seja. Um quilinho dos meus cinquenta e quatro. Porque sim. Porque apesar do meu lado científico - estudado - e racional - herdado, sinto-me etérea, deslocada, tresloucada, ainda que presa a qualquer coisa. Ou que me falta qualquer coisa.
Não sei bem o porquê desta introdução, nem tampouco sei como me desenrascar para fazer a ligação entre o parágrafo anterior e aquilo que, hoje, me apetece partilhar com vocês. Por isso aqui vai: nu e cru.
Apetece-me ir para a próxima aula de dança com uns copos em cima. Tenho a sensação que, quando saio à noite e bebo umas vodkas pretas com sumo de limão, umas margaritas ou umas caipirinhas (e sim, tem noites que o «ou» se substitui por um «e») tudo em mim rola e rebola, mesmo que não haja música, quanto mais se ouvir uma notinha que seja. É por isso que fico parva, tolinha de todo, quando vou às aulas de dança a achar que sou a rainha do pedaço e reparo o quão pé de chumbo sou, no alto da minha sobriedade.
Posto isto, não sei se perceberam a relação entre a ideias, mas eu faço uma conclusão que, eventualmente, só serve para confundir ainda mais:
Todos os artistas consomem «substâncias» de qualquer género. Ninguém me tira isso da ideia. Ah, pois é.