domingo, 2 de maio de 2010

Leituras

Começou por uma atracção na livraria - começa quase sempre assim. Gostei das cores, da capa, do padrão. Há muito que me atraía o nome do autor. Mas não o trouxe comigo em nenhuma das vezes, foi um namoro longo, ponderado. E de repente, mandei-o vir ter comigo.   
Fico contente por não me ter enganado. Dou-me sempre por feliz quando um livro me faz entender um sentimento. Ele falou-me do fim da vida, de amizade, de simplicidade. Contou-me a velhice, mostrou-me que se pode ultrapassar a perda do único amor, mesmo aquele que foi nosso por cinquenta anos. E, ao falar-me disso, ao contar-me sobre isso, valter hugo mãe ensinou-me sobre ternura. Sem maiúsculas, fazendo-se valer apenas de pontos finais. Um livro sem sobressaltos. Que não se lê, saboreia-se.