terça-feira, 6 de julho de 2010

Let's get it on?


Sou impaciente nas lides do amor. Se vou num primeiro encontro e volto desgostosa, é porque cheguei a casa sem um beijo. Se não me agarram com paixão, perco o interesse em menos tempo do que o rapaz diz «dorme bem». Não sofro de excesso de confiança mas, na verdade, não me lembro de me lamuriar às amigas: 
- Será que ele gosta de mim?
Se gosta, sei e pronto. Sinto, sou intuitiva. Conheço bem os sinais de interesse, por emissão e recepção. Não me faço de despercebida e, por isso, não perco grande tempo. A conquista demorada tende a aborrecer-me.
E gostava que não me atirassem, pelo desabafo, pedras inscritas com mania, modernice e sem valores. Que eu saiba, modernice é por definição uma moda que se adopta pela novidade. E se há coisa aqui que não é novidade, é eu ser assim. Passaram já muitos aninhos e outras tantas experiências (mais ou menos) românticas. Isto é um caso de puro old fashionism pessoal. Quanto à mania, sou toda vossa, abro os braços, e venham de lá essas calhaus que a minha cabeça está pronta. Não há mais nada que me deixe eufórica, exaltada, hiperactiva, agitada e cheia de insónias do que uma paixão repentina.
Se ando atordoada? Confirmo.
Tolinha? Assumo.
Assarapantada? Não nego.
Se estou apaixonada?
.. não sei.
É que ele vem com aquele jeitinho de fazer vénias, oferecer gelados, invadir o gabinete para não dizer me nada, chegar de mansinho e não me agarrar, só olhar... para além do corpo: para o sorriso, para a disposição. E eu perco o jeito, não sei se calo, se falo. Sei que coro, que desejo. O beijo. O-beijo.
E todo este cortejar dança-se a um ritmo novo para mim.

(e acho que também gosto)

1 comentário:

Dora disse...

Eu gosto de pessoas que se chegam à frente. Eu também não tenho problemas de o fazer. Mas é claro que gosto do jogosinho...

Esta é A MÚSICA do love making!