Sou impaciente nas lides do amor. Se vou num primeiro encontro e volto desgostosa, é porque cheguei a casa sem um beijo. Se não me agarram com paixão, perco o interesse em menos tempo do que o rapaz diz «dorme bem». Não sofro de excesso de confiança mas, na verdade, não me lembro de me lamuriar às amigas:
- Será que ele gosta de mim?
Se gosta, sei e pronto. Sinto, sou intuitiva. Conheço bem os sinais de interesse, por emissão e recepção. Não me faço de despercebida e, por isso, não perco grande tempo. A conquista demorada tende a aborrecer-me.
E gostava que não me atirassem, pelo desabafo, pedras inscritas com mania, modernice e sem valores. Que eu saiba, modernice é por definição uma moda que se adopta pela novidade. E se há coisa aqui que não é novidade, é eu ser assim. Passaram já muitos aninhos e outras tantas experiências (mais ou menos) românticas. Isto é um caso de puro old fashionism pessoal. Quanto à mania, sou toda vossa, abro os braços, e venham de lá essas calhaus que a minha cabeça está pronta. Não há mais nada que me deixe eufórica, exaltada, hiperactiva, agitada e cheia de insónias do que uma paixão repentina.
Se ando atordoada? Confirmo.
Tolinha? Assumo.
Assarapantada? Não nego.
Se estou apaixonada?
Se ando atordoada? Confirmo.
Tolinha? Assumo.
Assarapantada? Não nego.
Se estou apaixonada?
.. não sei.
É que ele vem com aquele jeitinho de fazer vénias, oferecer gelados, invadir o gabinete para não dizer me nada, chegar de mansinho e não me agarrar, só olhar... para além do corpo: para o sorriso, para a disposição. E eu perco o jeito, não sei se calo, se falo. Sei que coro, que desejo. O beijo. O-beijo.
E todo este cortejar dança-se a um ritmo novo para mim.
(e acho que também gosto)
1 comentário:
Eu gosto de pessoas que se chegam à frente. Eu também não tenho problemas de o fazer. Mas é claro que gosto do jogosinho...
Esta é A MÚSICA do love making!
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