Achei-te num outro corpo. Mais belo, perfeitamente perfeito. Descobri-te num outro beijo, numa outra língua. Mais doce, perfeitamente imperfeita. Entendemo-nos como se assim estivesse destinado, o mundo numa conspiração que nos uniu. Achei-te num outro corpo, os mesmos ombros, o mesmo peito, embora trouxesses uns olhos ainda mais bonitos.
E assim deixei-o entrar depressa, não fosse a terra tremer e levá-lo para longe. Mas foi. Mesmo depois de me agarrar com força, de me puxar para o seu corpo e de me fazer sonhar com novos suspiros e um amor inspirado. Tal como tu, foi. E eu deixei-me ir, também. Para um fundo que conheço de cor, onde a mente não descansa e o corpo não se materializa. Penso nele. Desejo-o aqui. E, sem querer, ponho-me também a pensar em ti.
1 comentário:
Escreves maravilhosamente bem. ADOREI!!
Muitos beijinhos
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