quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cultura

Passo a hora de almoço no Museu Berardo, entre as exposições de «Vik Muniz» e a «A Arte da Guerra - Propaganda da II Guerra Mundial». Gosto do silêncio do espaço. Atrai-me deixar a mente à porta e entrar na cabeça dos outros. Gosto muito de Vik Muniz, da relação comida-arte (neste retrato que vos deixo, utiliza açúcar para recriar o rosto de crianças que conheceu em St. Kitts, nas Caraíbas) .
Gosto pouco da propaganda à guerra, mas gosto muito da exposição, dos cartazes. Muitos apelos se poderiam aproveitar nos dias de hoje: poupança de gasolina, poupança de comida, férias em casa e sacrifício por uma nação. Se calhar Portugal está em guerra e ninguém nos avisou. Sinto novamente uma estranha relação com os judeus - aparecem lágrimas num dos cartazes, dizendo «Os judeus não valem nada. Fora os judeus». Só nesse cartaz. E no final, é triste perceber os mentecaptos evoluíram muito pouco. Embora eu, em duas horas, tenha evoluído tanto.

1 comentário:

AP disse...

Parece bastante interessante :)