Numa lavandaria. Encaminhei-o à porta quando me perguntou se sabia onde ficava. Entrou. Passados dois minutos estava novamente junto de mim:
- Vem jantar comigo.
Embaraço e recusas.
- Anda, vem jantar comigo.
Olho para as minhas colegas. Nenhuma me acode.
- Pede-lhes. - sorri.
Tem um sorriso giro.
- Talvez um café? - digo, envergonhada
- Um café está óptimo.
Foi um café e dividimos um pastel de nata.
Gosto de ousadia. Porque acho que é preciso muita auto-estima para fazer um convite destes a uma desconhecida. Também gostei que me tivesse perguntado se gosto de dançar. Achei uma pergunta sensual. E depois? Depois gostei que dividisse o pastel de nata com uma dietista. Olhem que quem não se sente intimidado a comer doces em frente a uma, é porque tem mesmo muita auto-estima. Ou então, muita vontade. Afinal o rapaz chegou há três dias da Holanda e, caramba, tinha mesmo saudades de um pastel de nata! E do improviso das gentes portuguesas.
3 comentários:
Ando para aqui a ler os teus convites para café e jantar e tu deves ser mesmo muito gira, é que só pode. Eu cá não me acho feia e um homem para me convidar a sair sempre levou muito tempo a rondar-me... agora nem isso que vêem a aliança percebem logo que o caminho está impedido.
LOLOL, pandinha! sou é uma grande descarada!!! devo ter ar de «convida-me» na testa ;) senao ja tinha namorado e nao aceitava assim tao facilmente convites de estanhos ;
Gostei eheheheheh :)
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