quarta-feira, 21 de abril de 2010

Já não é Xanax, é Fluoxetina.

80% das pessoas chegam à farmácia e já não pedem Xanax nem Prozac. Isso está fora de moda. O que o mundo agora quer é Fluoxetina, coisa fina, ou a droga do povo ao preço da chuva, dessas caixas dos medicamentos genéticos, uma geração muito pralém dos genéricos.
A saber: uma porcaria de um antidepressivo custa oitenta e tal euros. Destes, os utentes - ou os agarrados a essa embalagem promotora da piedade própria, coitadinha de mim que não passo sem isto, não tomei um dia e já estou descompassada (um sintoma muito pralém do descompensada) - pagam uns dois. Quem alomba com o resto? O Estado. Que é como quem diz, nós. Os verdadeiros loucos.
É caso para utilizar a frase de um casal que muito estimo: «havia de lhes nascer um cacto no cú» de cada vez que os médicos despacham a malta a antidepressivos. Os velhos não andam aos pinotes, não, não andam. Mas isso não quer dizer que andem tristes. Quer dizer que o reumático dá cabo deles.
Eu acredito que mais valia andar tudo louco.

2 comentários:

AP disse...

Grande post!!
Concordo totalmente com o que disseste, embora confesse que na primeira parte fiquei rendida ao teu conhecimento eheheheheh O que mais gostei foi da parte "os médicos despacham a malta a antidepressivos". É que acho que é isso mesmo. E já agora
"quem alomba com o resto? O Estado. Que é como quem diz, nós. Os verdadeiros loucos". Concordo!!

Pedro Santos disse...

E mais fácil receitar anti depressivos do que encaminhar as pessoas no caminho certo ou dizer-lhes boas verdades.
Esses cactos deviam ser bem grandes para abrirem mesmo os olhos.
Quanto a andar tudo louco, era capaz de tornar Portugal um local bem mais divertido :P