Na realidade, nem como assim tantos. Mas na pressão de arranjar um nome (sim, não houve tempo para pensar que ia ter um blogue) foi este que me surgiu. Estúpido? 'Tou nem aí!
Desde que vi um documentário sobre ela, ando a ouvir Pink mais do que gostaria de admitir (Sim, deixou de ser exclusiva das aulas de Body Combat).
Cheguei à conclusão que só apreciamos as coisas quando lhe percebemos uma essência. Até lá, somos meros curiosos. E só porque hoje estou super renhonhó, ponho aqui a música com que ela reconquistou o marido, praí pela milionésima vez. O amor, em geral, é bonito. Já o amor das mulheres é particularmente confuso: faz-se uma música a dizer ah, e tal, não preciso de ti para nada com o propósito de se a coisa se der vamos ali para o camarim e renovamos os votos, sim? (o marido é o que faz o vídeo). Tsc, Tsc, a mulher que nunca fez isto, venha daí, atire a primeira pedra. Que é como quem diz, comentário.
Meio - A prima que visitámos a semana passada perdeu o bebé. É triste... Um - Como assim? Meio - Perdeu-o. O bebé morreu na barriga dela... Um - Ah. Pensei que se tivesse esquecido dele na casa de banho, ou assim.
E pronto. Na adversidade, ele faz-me sempre rir. Mas, realmente, que raio de expressão é esta: «perder um bebé»? Parece que foi por descuido ou assim. Como quem perde a carteira ou as chaves de casa.
Ando a fazer contas às horas. Às horas que vives. E às horas que faltam.
Se ao menos faltassem menos horas, cantava-te assim:
7 horas, 7 horas, sólo me faltan pa verte 7 horas, 7 horas sólo me faltan pa cogerte
domingo, 23 de janeiro de 2011
Adoro quando inchas o peito e me mostras os teus músculos. Como se de um acaso se tratasse, eles estarem firmes; e fosse eu que te estivesse a espreitar sem autorização, fascinada com tamanha beleza. Faz-me querer voltar a amar-te. Vezes e vezes sem fim.
(Estou com febre, o que é que estavam à espera? Ponham no máximo, perdoem a falta de acentos e notem a parte a bold)
se quiseres homem casado pensa duas vezes.
vai te mentir anos e meses.
vai dizer que a mulher o vai deixar... mas esta só a
te aldrabar...
e diz que dorme no sofá...mentira!
que é compromisso de família...mentira!
que e por causa só dos filhos que não pode sair de
casa porque existe uma conveniência.
porque aldrabarem minha mana que com homem casado não
vais a lado nenhum nenhum...
se for esperar por ele, deitar na tua cama não vai
aparecer.
já te avisei minha mana, se você anda com homem casado
vai ser assim...
Na rua... não da pra se abraçar
na disco...não da pra se roçar
senão... mulher vai saber, e é problema que vamos
ter...
pra se ver... tem que se esconder
relaçao...ninguém pode saber
as mensagens tem que apagar
e a noite tens hora pra ligar
homem casado não da, não se albrada minha irma
homem casado não da,não da,não da,não da,não da,não
da.
se vires cobra e homem casado,bate nele ele é mais
perigoso!
Se quiseres mulher casada pensa três vezes!
vai te mentir em anos e meses.
vai dizer que as coisas vão mudar, mas tá só a te
enrolar.
e diz que não pode sempre falar...mentira!
que tá dormindo na empresa...mentira!
e que vive infeliz no lar, que e só uma questão de
tempo, e que as coisas vão mudar, tá te aldrabar.
pra que se aldrabarem irmão, com mulher casada não
vais a lado nenhum, nenhum.
se fores esperar por ela deita na tua cama ela não
vai...
na disco...não da pra se abraçar!
na rua...não da pra se roçar
senão marido vai saber e é problema que vamos ter.
pra se ver...tem que se esconder!
relação...ninguém pode saber!
as mensagens tens que apagar
e a noite tens hora para ligar
mulher casada não da
não da
não da
não da
não da
não da
mulher casada não da
se vires a cobra e a mulher casada, bate nela e mais
perigosa!
mulher casada não dá(x3)
se vires a cobra e a mulher casada, bate nela ela e
mais perigosa!
e verdade e o seguinte a biblia diz adao e eva não diz adao eva e o joao ou a eva adao e joao cada um e com cada um quem casou casou
não vale a pena tarmos a vir aqui se aldrabar
e se misturar
vamos embora
(homem casado não da)
homem casado e homem casado com sua parceira
(mulher casada não da)
mulher casada com seu parceiro
(homem casado não da)
misturas aqui não, Deus não gosta.
vamos embora
mulher casada não da
não da
não da
não da
não da
não da
homem casado não da
mulher casada não da
não da
não da
mulher casada não da
homem casado não da
homem casado não da
mulher casada não da
homem casado não da
Endereçou o embrulho mas, ao invés de entregá-lo no balcão dos correios, segurou-o junto do peito. Só as mãos tremiam, num medo que tudo o resto paralisava. Que fazia, afinal? Que pretendia com aquilo, ao deixar o embrulho voar dois mil quilómetros de distância para chegar às mãos dele?
Não reacender um amor. Não, impensável. Não abalar corações. Estão duros os pedaços que dele restaram. Não mexer em feridas. Foram lambidas. Ou cuspidas.
O embrulho: queria apenas dizer que, quando pensa nele, já não o odeia tanto. Que o passado não dói mais. Que, por isso, pode recordá-lo. E que o fez, ali. Entre falas estridentemente cantadas e peles mornas. E que, quando o fez, voltou a sentir o cheiro dele. E todo o amor que isso lhe provocava. A dois mil quilómetros de distância. Também a muito mais distância do que isso.
Preparo-lhe o jantar: uma pizza e sumo. Nada nutricional, mas muito apreciado por ele. Para completar o desvario, trago o jantar à sala, onde ele está a ver o Sporting x Paços de Ferreira.
Meio - Toma! Só há esta, mas se ficares com fome faço-te outra coisa. Um - Então e tu, mãe? Não comes? Meio - Já como qualquer coisa. Um - Oh mãe! - olha-me com um ar maternal. E sei que será difícil imaginá-lo num menino de nove anos mas, acreditem, ele conseguiu. - Toma. - Estende-me o prato - Come metade do meu jantar.
Derreto-me. Delicio-me. Digo-lhe que não é preciso, ele que coma tudo, que já vou fazer uma taça de cereais, mas que agora vou para o banho, porque estou cansada de andar de roda dos Gormiti e não perceber nada daquilo.
Vou para o banho.
(No banho) Um - Mãe? Meio - Sim... Um - O botão que liga o microondas é o do lado direito? Meio - Sim...
Sai disparado. Saio disparada. Encontro-o à porta da casa de banho com uma taça de cereais.
Derreto-me. Delicio-me. Dou-lhe mil beijinhos e agradeço a gentileza que teve comigo. Um - Mãe... Meio - Sim... Um - Só aqueci 16 segundos. Ouvi-te a sair do banho e desliguei para comeres assim que acabasses.
Estava assim uma coisa morninha a dar para o gelada. Mas foi a melhor taça de cereais que já comi, podem crer. Quando é que foi que o meu filho se tornou num homemzinho? É que ninguém me avisou...
Voltados para Sul, fazes-me rir. Despidos de pressas, caminhamos por aí. O ar frio ganha temperatura no teu amor quente. Aproximas-te. Com uma mão, atordoas-me. Com as duas, seguras-me. Um beijo e tudo fica menos claro para mim. Fico só com uma certeza a atrapalhar-me o espírito: a de que era capaz de me perder de amores por ti. Se ao menos pudesse.
(E no escuro, com o calor nas palmas das mãos, perderam-se a questionar o mundo. Não chegaram a conclusões que os satisfizessem. São insaciáveis.)
Andei meia hora para isto. Mas não só. Aparentemente, foi também para conhecer uma brasileira que gentilmente pediu para se sentar na minha mesa. Anda a viajar sozinha. E depois de Lisboa e Porto, parte 5 dias para Roma. Como eu. Há coincidências do catano, não há? Se todo o mundo fosse como os brasileiros, desconfio que a vida era bem mais engraçada. Que bate papo gostoso! Vou ali trabalhar com um sorriso, já volto.
... e se calhar nem estamos, mas eu torno-me num ser altamente irritante quando estou prestes a fazer anos...
... que tal um bom livro? É que isto das editoras andarem fechadas para balanço está a deixar-me de ressaca.
... ou então um abraço. Há tanta gente que me apetecia abraçar! Sem cenas. Só um abraço.
Como é que eu me foi esquecer?! É o nome de uma das minhas músicas preferidas, de Jovanotti. E uma das frases com que, em tempos, me romantizaram os ouvidos. Embora - e ainda hoje me chicoteio por isso - mais tarde se tenha comprovado que não fui merecedora de tal confiança.
... só que estava aqui tranquilamente a viajar no YouTube e, ironia da vida, cruzei-me inesperadamente - e juro que foi mesmo uma coincidência feliz - com uma música que me emocionou durante muito tempo. Banda sonora da minha viagem a Milão e de um filme que cheguei a ver mas que, lamentavelmente, me esqueci do nome. E fiquei ansiosa. Ansiosa para me perder a comprar música, livros e dvd's em Roma. Vou comprar uma parafernália tão grande, mas tão grande, que vou pagar pela bagagem extra. Dane-se!
Eu sei que se fizessem mal a alguém que eu amo, eu exigiria a prisão perpétua. Aliás, nem merecia a pena, porque era menina para me desgraçar numa vingança e pronto, ficava o assunto arrumado e a justiça feita.
Mas racionalmente - que é assim que se fazem leis e se fazem cumprir leis - isso de colocar alguém na prisão para sempre... caramba (!)... não é exagero? Não é contra a premissa de que a prisão é um local de reabilitação? Que somos reabilitáveis? Não devia ser proibido, no mundo inteiro?
É que uma pessoa normal vai a Nova Iorque e vê-se na posição de matar alguém - obviamente, no caso que me leva a escrever sobre isto, sem razão e sem desculpas - e zás, toma lá que já foste! No second chances. Acho assustador. Desculpem lá, mas acho.
(Ah, e é bom que o mocito tenha visto vários filmes passados em prisões. É que se já não é gay, não sei não... talvez seja melhor voltar a ser.)
... que tal uma máquina fotográfica daquelas que tira fotos bué da bué com grandes objectivas e estupidamente pesadas e caras? Sim. Para levar para Roma.
... ou dinheiro. Sim. Para levar para Roma.
(preparem-se para levarem mas é comigo nos próximos seis meses a falar de Roma)
... que eu hoje estou com paciência para explicar.
Nem tudo o que aqui publico se refere à minha vida. Em todos os textos deixo um pouco de mim, mas nem tudo já foi vivido por mim - podem só ser vontades, potenciais conversas, ideias. Há outras que são totalmente inventadas. Outras há até que são observações que fiz, trabalho de campo, chamemos-lhe assim. Por isso, da próxima vez que me vierem fazer perguntas pessoais baseadas no blogue, do género:
- Então... já li que estás apaixonada,
com ares de cachorrinho abandonado e salientando o li, como se eu fosse a personagem de alguma fotonovela, eu vou responder mal. Ai vou, vou.
E para que conste. Sim, estou apaixonada. Nunca, em 26 anos, não estive apaixonada.
Diz que a culpa é de ser aquariana. Que é como quem vos manda a deixa que, daqui nada, faço anos!
"Sabes o que é não sentir o coração e sentir o coração, tud'uma batida só, sangue leve no peito e lágrimas limpas a escorrer? Faz conta foste na pesca, rede e tudo, e em vez do peixe grande meteste a rede na água e te veio uma nuvem? Se é impossível? Eu sei lá, avilo, eu sei lá... Desde candengue que ando então a ver as nuvens dançar nas peles do mar, e me pergunto: assim calminho, liso tipo carapinha com desfrise, o mar não tem as nuvens dele também? De onde eu venho é muito longe, por isso, juro mesmo, nasci de novo. Vou te confessar: espanto é só aquilo que ainda nunca tínhamos vivido com a nossa pele!"
Bela forma de começar o dia... comovida com o primeiro parágrafo de "Quantas madrugadas tem a noite", de Ondjaki. Um euro com a Visão de hoje. Toca a comprar!
Deixas-me assim.
Assim, assim.
Com o coração trocado. E tocado.
Com os sentimentos perdidos. E f$%#6idos.
Deixas assim. Assim. Sim. Assim. Assim.
(Porque hoje digo-te que não quero e amanhã não te resisto. E tu hoje não me resistes e amanhã dizes que não me queres. Vamos ouvir a mesma música? Aproveitamos e livramo-nos da roupa.)
Deve ser moda, essa de perguntar qual é o verbo que define, ou por outra, definiu 2010. Eu sei lá. E mais, tenho aversão a qualquer moda que não seja ditada por mim. =) Só por isso, vou responder que o verbo que definirá o meu 2011 será este.
Agir.
Eu ago, tu ages, ele age.
Só porque é giro de escrever. E porque 2010 foi muito bom, mas já passou. Ah, e porque há muito por fazer.
Eu disse que escrevia. Não escrevi. É esta a relação que tenho com as palavras: quando não dá, não dá. Voltamos costas e cada um vai à sua vida. Embora deva confessar que me fico a roer. A morrer de saudades de conseguir escrever. Até que as palavras me apareçam, de rompante, sem pedir licença nem desculpas pela ausência.