sábado, 16 de julho de 2011

Perdemo-nos nos truques que horas antes espalhamos no corpo. Dizes que não descobres o meu segredo. Beijas-me e insistes: queres saber qual é, hoje, a tua perdição. Com a língua enroscada na volúpia, são meros suspiros que te devolvo em resposta. Tentas desarmar-me, mas sabes que não to vou contar. É este o nosso jogo, a razão porque perdemos a razão, uma e outra vez; é este o fio que sustenta o nosso ténue amor. Beijas-me, agora o ventre, e inspiras. Fundo. Murmúrios.
- É gengibre...
É gengibre. Descobres-me. E porque esse é o teu prémio, deixo-te, finalmente, entrar em mim.