quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Está decidido

Sexta-feira vou tratar da minha primeira tatuagem. E pronto. Disse à mãe e não disse ao filho. Porque a mãe não gosta, mas deixa, e o filho não gosta e, quando vir, é capaz de cair para o lado. O raio do miúdo odeia tatuagens... pelo menos nos próximos dois anos. Depois é ver para crer!

Cultura

Passo a hora de almoço no Museu Berardo, entre as exposições de «Vik Muniz» e a «A Arte da Guerra - Propaganda da II Guerra Mundial». Gosto do silêncio do espaço. Atrai-me deixar a mente à porta e entrar na cabeça dos outros. Gosto muito de Vik Muniz, da relação comida-arte (neste retrato que vos deixo, utiliza açúcar para recriar o rosto de crianças que conheceu em St. Kitts, nas Caraíbas) .
Gosto pouco da propaganda à guerra, mas gosto muito da exposição, dos cartazes. Muitos apelos se poderiam aproveitar nos dias de hoje: poupança de gasolina, poupança de comida, férias em casa e sacrifício por uma nação. Se calhar Portugal está em guerra e ninguém nos avisou. Sinto novamente uma estranha relação com os judeus - aparecem lágrimas num dos cartazes, dizendo «Os judeus não valem nada. Fora os judeus». Só nesse cartaz. E no final, é triste perceber os mentecaptos evoluíram muito pouco. Embora eu, em duas horas, tenha evoluído tanto.

T2 para um e meio: Cross Country boy

Eu sou fã de The Middle (No meio do nada). Domingo de manhã, lá estou eu horas seguidas a rir-me com aquilo.
Particularmente, adoro Sue Heck. E adoro a sua sweatshirt do Cross country. Por isso, quando ontem o Um me disse que tinha sido apurado para o corta-mato, não consegui deixar de me rir, a imaginá-lo, qual Sue Heck, meio-parolo, a exibir uma camisola amarela cheio de orgulho.
A diferença? O Um não é parolo. É giraço. Tem estilo. E vai trazer a medalha. A mãe acredita. As mães acreditam sempre.
PS - Temo que tanto empenho no apuramento tenha sido motivado pelo facto de, participando, lá se adiava um teste de ciências.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A primeira vez (nem sempre é a dois)

Presto a devida vénia à minha amiga, por tão bom gosto e tão boa recomendação: sem funanás, minha querida, fui uma experiência muuuuuuuuito próxima do amor!

Vou tentar esquecer-te de vez: 1, 2, 3.




Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver-te sorrir…
E se perder, vou tentar esquecer-me de vez... conto até três
Se quiser ser feliz…

domingo, 27 de novembro de 2011

Acabei-o e, pela primeira vez na vida, sinto que devia faltar uma peça.
Não faltou.

(Embora na verdade, lhe vá faltar sempre qualquer coisa.)

«O difícil é arrumar a tristeza»



O mundo está cheio de fronteiras e eu não percebo porquê. Ao longo dos tempos tenho sonhado com um planeta livre, sem limites. Mas o Mundo está posto assim.
Definido. Quis-nos diferentes. Origens, ideias e falas distintas.
O Mundo fez-nos assim: incapazes de nos entendermos. Distantes. Eu, sem saber como te explicar o que sinto porque as palavras não te chegam. Tu, sem perceberes o que sai de mim. Sorris. Sempre sorris, como se não importasse. E o mais irónico, é que nunca me importava. Nunca fui boa com as palavras e sempre achei que falar não importava. Mas agora que quero, que preciso dizer-te que estou diferente, não sei como. Não te chego. 
Eu sei, o amor não tem fronteiras. Faz-se igual por todo o lado. Mas tudo o que eu queria era dizer-te na minha língua. Em português. Não sei fazê-lo de nenhuma outra forma. Queria explicar-te a saudade. Que não te prendo porque é a liberdade do teu espírito que me agarra mas que a saudade é inevitável para mim. E eterna. Que a saudade não se mata, cresce. E dizer-te que se alimenta do meu sorriso. Da alegria nos meus olhos. Alimenta-se dos meus músculos e deixa-me inerte. A saudade come-me os pensamentos e não deixa restos. A saudade inebria-me. Como uma garrafa de vinho. E que preferia bebê-la contigo. Senti-la contigo.
Estou assim. Com esta sensação de que não te volto a ver. A beijar. A aninhar. Estou com esta sensação de que está completo o milagre, que sempre vem terminar com as esperanças e começar com os agradecimentos. Por isso, aconchego-me ao nosso silêncio. Agradeço. Choro. E deixo que a música faça por mim a expressão do meu sentimento. Mesmo que não entendas o que a Adriana diz por mim.
Vai. E quando fores, prova-me que o mundo não tem fronteiras. Promete só que um dia vens contar-mo. Vem dizer-me, sorridente, como sempre, que o mundo é só um. Sem limites. Como nós um dia fomos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Women, Bukowski

Women got together, yesterday.
E falaram, falaram, falaram.
No fim, confiaram-me um tesouro que já percorreu a América do Sul.
Ei-lo.
Estou devorando. E adorando.
(Obrigada. Aos dois.)

Madrinhices

Laços, saias, ganchos, vernizes, sapatos e conselhos sobre rapazes. Assim será.

É uma princesinha.

É um bocado safado mas...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Orage

O mais bonito da vida é isto: tu hoje podes até dizer-me que não. Mas sempre que trovejar, eu vou pensar em nós. E em tudo o que fomos naquele momento.
Luz e estrondo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Para a grávida mais grávida de sempre

Tu sabes: tenho esta obsessão em descobrir porque se cruzam os caminhos das pessoas. Nada é por acaso. Sobretudo, ninguém é por acaso. Se há coisa que me deita abaixo, são as pessoas. Também porque é com elas que sou genuinamente feliz.
Há muito que sei porque as nossas vidas se cruzaram: para partilharmos esta insanidade que às vezes nos assola. Só não sabia - fiquei a saber hoje - que os nossos caminhos se entrelaçaram para ser madrinha do teu filho. 
Madrinha. Madrinha. O meu primeiro afilhado.
Obrigada pela confiança. Obrigada por me fazeres sorrir.

Não há coincidências

Achei-te num outro corpo. Mais belo, perfeitamente perfeito. Descobri-te num outro beijo, numa outra língua. Mais doce, perfeitamente imperfeita. Entendemo-nos como se assim estivesse destinado, o mundo numa conspiração que nos uniu. Achei-te num outro corpo, os mesmos ombros, o mesmo peito, embora trouxesses uns olhos ainda mais bonitos.
E assim deixei-o entrar depressa, não fosse a terra tremer e levá-lo para longe. Mas foi. Mesmo depois de me agarrar com força, de me puxar para o seu corpo e de me fazer sonhar com novos suspiros e um amor inspirado. Tal como tu, foi. E eu deixei-me ir, também. Para um fundo que conheço de cor, onde a mente não descansa e o corpo não se materializa. Penso nele. Desejo-o aqui. E, sem querer, ponho-me também a pensar em ti.

Desapontamento

As pessoas vão-me comendo o coração.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sempre quero ver...

... se te chega esta mensagem, já que o meu telemóvel está sem saldo ;)

Provavelmente, nunca vou dizer que te amo. Provavelmente, muito provavelmente, nunca vais receber flores com o meu cartão. Provavelmente vou antecipar-me e estragar-te muitas outras surpresas. Sabes que sou eu. Sabes como sou.
Mas que importa esse meu feitio, que importa essa minha aparente frieza, se a maior surpresa que temos na vida, foi o facto dos nossos caminhos se terem cruzado? E eu ser tão feliz por isso?

Have a nice day,(e não engulas muitos sapos, que é coisa que faz mal ao MCF. =P)

Reflexões

Acusam-me de ser a rapariga com a «sorte» de conhecer gente em sítios improváveis. Ele é no multibanco, ele é no lixo... a minha pergunta é:
Para quando um gajo numa livraria? Gostava disso.

Não é preciso ser 1.1.11, 11h.11m.11s...

... e nem voltará a acontecer só daqui a 100 anos. Para mim, todos os dias, são dias do


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Se o mundo não anda do avesso...

... eu não sei não.
Acordei solidária com o povo (ar condicionado no máximo, dentro do meu mais-que-tudo suzuki ).
As transportadoras fazem greve. O povo irrita-se com as greves. Em jeito de silogismo:
O povo irrita-se com as transportadoras. Isso, isso!
Ora, se o objectivo das transportadoras é mostrar a falta que fazem, vêm tarde. É só passar pelas gasolineiras para se perceber que o comboio, o autocarro e os barcos não constituem hoje uma alternativa, são bem-essencial.
Se o povo já percebeu a ideia, não deviam as transportadoras pensar numa forma de irritar, efectivamente, quem ainda não o entendeu? Tipo... deixa cá ver... os governantes! É que eles andam de carro. De carro, meus senhores, e na faixa do bus. Logo, o trânsito caótico que se gera graças às greves dos transportes não só irritam o povo - coitado do povo, que já nem subsídio de natal tem - como não irritam o governo.
Olhem que eu não sou contra as greves, que nem sou. Também não sou a favor, a menos que seja uma coisa bem feita, como aqui foi há uns anos quando deixou de haver leite nas prateleiras porque os camionistas nem- ai-nem-ui-podem-todos-morrer-à-fome-que-não-estamos-nem-aí-por-aqui-está-tudo-carregado-de-batatas-e-cenouras-e já agora-também-temos-leite-E-gasolina. Mas se não houver uma lógica na coisa, para que servem as greves? Não terão os trabalhadores outras armas? Pensem lá bem...

Pronto, a coisa começou assim, mas terminou assado.

Chego a casa, e deparo-me com a notícia que os portugueses - esse povo que ainda há umas horas defendia eu acérrimamente - pretende gastar, em média, 540€ em prendas de natal. Mais do que os alemães, esses novos e tiranos donos da europa. Quinhentos e quarenta euros, meus amigos? (E disse em extenso para ainda parecer mais). Quinhentos e quarenta euros? (E repeti para sublinhar a minha indignação!).
Das três uma: ou sou mesmo sovina, ou a minha família é mesmo pequena, ou o Natal é uma coisa que realmente não me assiste.

(Dasse!)

Cenas que eu não suporto

A minha chefe ligar-me uma hora antes de eu entrar no trabalho ou duas horas depois de eu sair.

Chupa chupa chuupa, chupa no dedo! Eu, não atendo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Adoro viagens low cost

Trinta e cinco euros e resolvia-se isto... se ao menos soubesse o teu nome.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

T2 para um e meio: Tirem-se conclusões

«Ah, e tal, as mães adolescentes não têm a mesma capacidade educativa. Beubéu, beubéu»

Professora: E o Um, acha que se está a integrar bem na escola?
Meio: Sim, ele está a adorar.
Professora: É que ele é tão calado nas aulas...
(Silêncio. É suposto, sempre pensei.)
Meio: Bem, ele é um pouco tímido...
Professora: Realmente... é que o resto da turma é tão indisciplinada.

Quer dizer... assim sendo, acho que não. Acho que ele não está integrado nessa selva que é a indisciplina. E ainda bem. Ainda bem. Devo ser eu a mãe mais nova dos colegas: não se tirem conclusões precipitadas... mas lá que o ando a educar bem, ando.

Lição nº 1                                    4 de Novembro de 2011
                           Sumário
A educação não escolhe idades.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Maravilhas do mundo

«Conto até aos cem e, se não chegares antes dos cem, vou-me embora. Não chegaste antes dos cem. Conto de cem a um e, se não chegares antes do um, vou-me embora. Não chegaste antes do um. Conto dez automóveis pretos e, se não chegares antes dos dez automóveis pretos, vou-me embora. Não chegaste antes dos dez automóveis pretos. Nem antes dos quinze táxis vazios. Nem antes dos sete homens carecas. Nem antes das nove mulheres loiras. Nem antes das quatro ambulâncias. Nem sequer antes dos três corcundas e, entretanto, começou a chover.»

António Lobo Antunes, O encontro, na Visão de 20 de Outubro de 2011

terça-feira, 1 de novembro de 2011

T2 para um e meio: TPC's

As minhas amizades estão na idade de comprar babygrows e mudar fraldas. Já eu, estou na idade de fazer trabalhos sobre o Halloween. Em cartolina! 
Quem não tem saudades desses tempos de escola? Eu cá sempre adorei escolher as cores da cartolina. 
Um feriado diferente, portanto.