sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

E marcado.

O desenho foi surgindo entre nós. Gostei. Marquei. E agora dou por mim a olhar para a perna como se ma fossem amputar. Não pela dor, não imagino sequer como será, mas não me assusta - se fosse muito grande, não havia tanta gente com tatuagens - mas sim pelo facto da minha perna nunca mais vir a ser mesma.
O meu problema com as tatuagens é só um: a sua eternidade. E é por isso que passei 27 anos sem fazer nenhuma, por mais maluquices que já tenha feito com o meu corpo ou imagem. Sempre tive problemas com o para sempre. E é exactamente por isso que a vou fazer: para superar este meu hadicap (acreditem que é mesmo, só quem sofre disto sabe) e, sobretudo, para me lembrar que nem tudo me foge. Por mais vezes que o mundo gire e se sacuda. (Esta última ideia pode parecer incoerente, mas olhem que a psicologia a explica muito bem. É mais básico do que parece).
Já disse ao Um. Não gostou. Disse que durante a noite me ia apagar a tatuagem. Eu ri-me. O mais bonito entre nós é que, sem querer, às vezes confunde-se quem é o adulto e quem é a criança. Afinal, temos um pouco de tudo dentro de nós, não?

3 comentários:

Maria disse...

Ando a ganhar coragem para fazer uma... pequena com as inciais dos meus pequenitos que são a unica verdade nesta vida que nunca o deixará de ser!
:)
Beijoquinhas e depois, toca a mostrar...!!!
:)

Alina Baldé disse...

Sim, siim, são sinónimo de eternidade, sem dúvida! =D faz, sim! mas é preciso coragem, é. eu que o diga, que pensei 10 anos nela!
Olha, a minha, para estrear, vão ser logo 3 horas a tatuar. ouch!
depois mostro =)

caracóis disse...

Tb passei 10 anos a pensar nisso e aos 30 ganhei "tomates". Não me arrependi! :)