Dona de cadela operada a um tumor - Deitei-me no chão e dormi ao pé da cadela... blábláblá. Estive três horas a tratar-lhe da costura... blábláblá. Vou dar 500 euros por mês para a quimioterapia da cadela... blábláblá. Eu pago impostos, o Estado devia de pagar a quimioterapia da cadela... blábláblá.
Eu gosto de animais, sempre tive animais. Já deixei de jantar quando o meu passarinho fugiu; quando o meu gato preferido morreu chorei que não parava mais; há um mês a veterinária abateu a minha gata e eu fiquei destroçada; e até hoje me culpo pela minha falta de destreza em salvar o peixinho suicida.
Mas não suporto estas conversas. Principalmente, quando rematam com um «Gosto mais de animais do que de pessoas», como oiço muitas vezes por aí e, claro está, como terminou a conversa da Dona de cadela operada a um tumor.
É caso para se me arrepiarem os pêlos. Acho que só se pode estar muito desencantada com as qualidades próprias para se dizer isso. Por isso, fartei-me de rir com o cliente seguinte:
Dono de cão que queria desparasitar-se - Olhe, é verdade que nos devemos desparasitar?
Farmacêutico - Vive com animais?
Dono de cão que queria desparasitar-se - Não, eu viver, vivo com a minha mulher. Tenho é um cão lá em casa.
Apeteceu-me gritar para o farmacêutico: Oh Yeaaaaaaah, toma que já almoçaste!
Nota - Apredrejem-me de críticas, ó amiguinhos fanáticos dos animais.