quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

As vidas que a volta dá

Naquele dia falámos. Referiste-te a ela como «namorada». Era a tua «namorada». Para lá, para cá. Estavam juntos, viviam juntos, parecias genuinamente feliz.
No dia seguinte falámos. Referiste-te a ela como «ex-namorada». Era a tua «ex-namorada». Não foi para lá, nem para cá. Foi uma vez. Não estavam juntos, já não viviam juntos, parecias genuinamente infeliz.
- Sem volta a dar? - quis saber.
- Não... volta a dar, só eu e tu. Levas-me um bocadinho?
Arrumei-te o braço no meu. Seguimos, sem caminho.
Naquele dia não falámos mais.
Repara. Tenho de te pedir desculpa. Eu não tenho palavras para estas voltas da vida. A tristeza ensombrava-te o espírito. E eu estava solidária com a tua dor.
Era-me vagamente familiar.

2 comentários:

AP disse...

"Arrumei-te o braço no meu", és mesmo querida :)

Alina Baldé disse...

Sou, não sou? eeheheh